O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu a entender, durante
seu pronunciamento nas redes sociais, nesta quinta-feira (18/7), que pode rever
o decreto que suspende o horário de verão. Antes de anunciar a inauguração de
uma usina fotovoltaica flutuante em cima das águas do lago de Sobradinho (PE),
ele sinalizou a possibilidade de voltar com a medida.
“A minha caneta Bic está à disposição de vocês, qualquer
decreto pode ser modificado. A gente entra em contato com a assessoria de
assuntos jurídicos e estuda. Se for o caso, a gente altera o decreto para
atender o bem-estar da população, sem extrapolar os limites da lei”, afirmou
Bolsonaro.
No final de abril, Bolsonaro assinou o decreto que acabava
com a medida adotada em alguns estados do país.
A decisão de acabar com o horário de verão este ano foi
baseada em um parecer do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que
aponta pouca efetividade na economia energética.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica
(SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que a medida não tem sido
eficiente na economia de energia, já que os resultados alcançados foram
próximos à “neutralidade”.
O horário de verão foi criado em 1931 com o intuito de
economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais
quente do ano, e tem sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos
últimos 35 anos.
Normalmente, o horário de verão ocorria entre outubro e
fevereiro, quando os relógios eram adiantados em uma hora, e vigorava nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no
Distrito Federal – Correio Brasiliense.
Carlos Magno
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