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29/07/2019

Operação Famintos: empresa teria recebido R$ 5,9 milhões da Prefeitura de Campina, mesmo sem registros de movimentação financeira


Pauta principal dos meios de comunicação da Paraíba desde o começo da semana, os detalhes da ‘Operação Famintos’ da Polícia Federal na Paraíba continua a assustar a população paraibana. A operação investiga fraudes em licitações e contratações na cidade de Campina Grande nos anos de 2013 até 2019, com pagamentos vinculados a verbas do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, para compra de merenda escolar.

 

Após a descoberta da empresa DELMIRA FELICIANO GOMES, que apesar de ter ganho R$ 18 milhões da PMCG não tem um único funcionário, nem local de funcionamento, constatou-se  que a empresa ROSILDO DE LIMA SILVA - EPP, registrou, entre 2016 e 2017, a receita bruta de vendas superior a 5,9 milhões de reais, apesar desta empresa não ter nenhuma movimentação financeira registrada em suas contas.



 

Segundo a decisão do Juiz Federal da 4ª VF/SJPB Vinícius Costa Vidor, a partir das informações obtidas com a quebra de sigilo fiscal, por exemplo, verificou-se, em relação à empresa ROSILDO DE LIMA SILVA - EPP, que entre 2016 e 2017, a receita bruta de vendas da empresa superou 5,9 milhões de reais, mas não houve movimentação financeira registrada em suas contas, a indicar que os valores recebidos pela empresa teriam circulado em espécie ou em contas bancárias de terceiros, apontando para possível sonegação fiscal e lavagem de capitais.

 

Segundo a denúncia, ROSILDO DE LIMA FILHO é pessoa de baixa renda e baixo grau de instrução, e, claramente, é utilizado para mascarar a ação criminosa. Esta semana também foi descoberto que a empresa DELMIRA FELICIANO GOMES movimentou mais de R$ 18 milhões em vendas de mercadorias entre 2013 e 2016, mas não detinha nenhum empregado registrado nesse mesmo período, nem funcionava em nenhum estabelecimento comercial.

 

A denúncia afirma ainda que os relatórios de fiscalização elaborados pela CGU foram incisivos ao apontar que existem indícios veementes de combinação de preços, superfaturamento e cobrança por serviços não prestados. Apenas o montante de dano ao patrimônio público verificado pela CGU, por vícios na execução dos contratos fraudados, já é superior a R$ 2 milhões (Nota Técnica n. 1073/2019). 14 mandados de prisão foram expedidos na Operação Famintos, da Polícia Federal na Paraíba – Assessoria.

 

Carlos Magno

 

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