A doação de órgão vem crescendo exponencialmente na Paraíba
e salvando vidas. No último fim de semana, cinco pessoas receberam fígado (02)
e rim (03), batendo o recorde de transplantes de órgãos sólidos realizados no
estado. Os órgãos foram captados no Hospital de Emergência e Trauma Senador
Humberto Lucena, em João Pessoa, e no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz
Gonzaga Fernandes, em Campina Grande.
Até junho de 2019, foram realizados 98 transplantes no
estado, sendo 77 de córnea, 12 de rim e nove de fígado. Este último, só nos
seis primeiros meses desse ano superou o total de cirurgias dessa natureza
realizadas em 2018, que foram três.
O coordenador geral da Central de Transplantes da Paraíba,
Luiz Gustavo Correia, comemora os números alcançados no primeiro semestre de
2019 e afirma que, apesar do crescimento do número de transplantes, ainda há
resistência nas famílias para autorização da doação de órgãos de seus entes.
“No Brasil, o que vale é a decisão familiar diante de um
fechamento de protocolo de morte encefálica. A sociedade precisa entender que o
diagnóstico da morte encefálica é definitivo, não existe mais vida. Muitas
famílias ainda têm dificuldades dessa compreensão, por isso a informação sobre
a morte encefálica a ser passada para os familiares deve ser muito bem
elaborada, multidisciplinar, de forma ética e humanizada”, explica.
Para o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros,
vidas estão sendo salvas com o crescimento exponencial do número de doações e
ele remete isso à conscientização tanto da sociedade quanto das equipes
médicas. “O potencial da Paraíba para a doação de órgãos é muito interessante.
Ainda existe resistência, mas as equipes médicas dos hospitais estão
trabalhando para melhorar esse número com educação continuada e realização de
ações de conscientização. É importante informar para as famílias que o paciente
não irá sofrer mutilação, não vai sofrer nenhuma deformidade por conta da
doação”, pontua.
Além de fígado e rim, córneas foram captadas e estão à
disposição do Banco de Olhos da Central de Transplantes da Paraíba – Secom-PB.
Carlos Magno
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