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06/08/2019

Doação de órgão cresce e bate recorde na Paraíba, mas médicos ainda trabalham para vencer resistências de algumas famílias


A doação de órgão vem crescendo exponencialmente na Paraíba e salvando vidas. No último fim de semana, cinco pessoas receberam fígado (02) e rim (03), batendo o recorde de transplantes de órgãos sólidos realizados no estado. Os órgãos foram captados no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, e no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande.

 

Até junho de 2019, foram realizados 98 transplantes no estado, sendo 77 de córnea, 12 de rim e nove de fígado. Este último, só nos seis primeiros meses desse ano superou o total de cirurgias dessa natureza realizadas em 2018, que foram três.



 

O coordenador geral da Central de Transplantes da Paraíba, Luiz Gustavo Correia, comemora os números alcançados no primeiro semestre de 2019 e afirma que, apesar do crescimento do número de transplantes, ainda há resistência nas famílias para autorização da doação de órgãos de seus entes.

 

“No Brasil, o que vale é a decisão familiar diante de um fechamento de protocolo de morte encefálica. A sociedade precisa entender que o diagnóstico da morte encefálica é definitivo, não existe mais vida. Muitas famílias ainda têm dificuldades dessa compreensão, por isso a informação sobre a morte encefálica a ser passada para os familiares deve ser muito bem elaborada, multidisciplinar, de forma ética e humanizada”, explica.



 

Para o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, vidas estão sendo salvas com o crescimento exponencial do número de doações e ele remete isso à conscientização tanto da sociedade quanto das equipes médicas. “O potencial da Paraíba para a doação de órgãos é muito interessante. Ainda existe resistência, mas as equipes médicas dos hospitais estão trabalhando para melhorar esse número com educação continuada e realização de ações de conscientização. É importante informar para as famílias que o paciente não irá sofrer mutilação, não vai sofrer nenhuma deformidade por conta da doação”, pontua.

 

Além de fígado e rim, córneas foram captadas e estão à disposição do Banco de Olhos da Central de Transplantes da Paraíba – Secom-PB.

 

Carlos Magno

 

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