O número de homicídios contra as mulheres vem aumentando
gradativamente nos últimos anos no estado da Paraíba e tem preocupado as
autoridades. Esse vai ser o tema de uma audiência pública que será realizada na
próxima quinta-feira (22), a partir das 10h, no plenário da Câmara Municipal de
Campina Grande. Na ocasião será lançado o aplicado “SOS Mulher”, instrumento
prático usado para denúncias de crimes contra a mulher.
A proposta da audiência é da presidente do Legislativo
campinense, Ivonete Ludgério (PSD), que ver com preocupação o crescimento da
violência contra as mulheres e os casos de feminicídio. “Temos acompanhado
essas estatísticas de crimes contra a mulher e isto é algo realmente alarmante.
Por isso vamos promover esse debate para saber o que está sendo feito,
principalmente pelos setores da segurança pública”, comentou a presidente.
Na Paraíba, apesar de haver redução de outros tipos de
crimes, os números de violência contra a mulher crescem a cada ano. Somente no
primeiro semestre deste ano de 2019, conforme dados divulgados pela imprensa
paraibana, 32 mulheres foram mortas por crimes letais intencionais, em toda
Paraíba. Do total, 17 casos estão sendo investigados como feminicídios. O
número representa 53% dos assassinatos de mulheres. Essa proporção já é maior
do que o mesmo período do ano de 2018.
Durante a audiência será lançado o aplicativo “SOS Mulher”,
que é totalmente gratuito e tem como principal objetivo facilitar o caminho
para as vítimas denunciar casos de agressões, abusos e outros crimes. Por meio
do app, tanto as mulheres quanto outras pessoas podem denunciar de forma
anônima. As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de proceder as investigações.
A audiência pretende reunir autoridades da segurança
pública, especialistas e estudiosos no assunto. A proposta principal é de
elaborar um documento, ao término da audiência, contendo um panorama atual
sobre os casos de feminicídio, na cidade de Campina Grande e na Paraíba como um
todo, e cobrar possíveis soluções aos setores competentes da segurança pública –
Dirp/CMCG.
Carlos Magno
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