A primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, participou, na
manhã deste sábado (24), de um Ato Público pela inclusão da pessoa com
deficiência. O ato, chamado "Abraço Solidário", foi realizado na
Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, como resposta a um movimento de alguns
moradores que se dizem incomodados com a presença de deficientes físicos que
participam de projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado e pela Prefeitura
da Capital.
Na ocasião, Ana Maria Lins destacou a importância do repúdio
de toda sociedade ao preconceito contra os deficientes físicos que participam
de projetos de inclusão social na orla de Cabo Branco. "Essa atitude é
desumana e desrespeitosa, e exige o repúdio de todos nós. O Governo do Estado
desenvolverá meios para fortalecer ainda mais esses projetos de inclusão social
da pessoa com deficiência", afirmou.
Já a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Neide
Nunes, lembrou que a Paraíba é o segundo Estado do País em número de pessoas
com deficiência. "Esse Ato Público, com ampla participação da sociedade,
mostra que a Paraíba não aceita esse tipo de atitude preconceituosa. A
Secretaria de Desenvolvimento Humano recebe todo o apoio do Governo do Estado
para desenvolver todas as ações que tenham como objetivo incluir socialmente a
pessoa com deficiência, a exemplo do Projeto Natação no Mar, que ocorre nesta
orla de segunda a sexta", ressaltou.
Participaram ainda do Ato Público a presidente da Fundação
Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), Simone Guimarães; o
secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, entre outras
autoridades.
Contra o preconceito
O Ato Público realizado na orla de Cabo Branco neste sábado
ocorreu como resposta a um grupo de moradores que teria procurado a Câmara
Municipal de João Pessoa para acabar com o Projeto Acesso Cidadão, realizado
pela Prefeitura da Capital com o apoio do Governo do Estado desde 2012.
O movimento reuniu centenas de pessoas que defendem a
inclusão da pessoa com deficiência, além de representantes de entidades de
classe, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB) e do
Fórum Paraibano da Pessoa com Deficiência.
Josenilda Lira teve paralisia infantil aos cinco anos de
idade. Ela agradeceu o apoio recebido da sociedade paraibana. "Essas
atitudes preconceituosas não deixam de nos entristecer, mostrando que ainda
existem pessoas que acham que a inclusão tem de acabar. Mas, ao mesmo tempo que
nos deixa tristes, nos fortalece ainda mais para lutar e evitar que isso
aconteça", comentou – Secom-PB.
Carlos Magno
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