Menos de duas horas. Esse foi o tempo que Rodrigo Alves
Pereira levou para abordar a universitária Mariana Bazza, de 19 anos, se
oferecendo para consertar o pneu do carro dela, e fugir com o veículo da
vítima, encontrada morta horas depois em um canavial.
O G1 compilou todos os vídeos da câmera de segurança da
academia que a jovem frequentava e que foram divulgados pela polícia. As
imagens mostram a sequência de acontecimentos do dia 24 de setembro que
culminaram no assassinato da jovem, causando comoção geral (Veja os vídeos ao final desta matéria).
Confira abaixo:
7h30
O suspeito Rodrigo Alves Pereira sai da chácara onde fazia
bico como pintor, atravessa a avenida Dr. José Jorge Resegue e encosta no carro
de Mariana Bazza, um Gol preto, que estava estacionado. Ele fica durante alguns
minutos parado. Em entrevista exclusiva à TV TEM, um morador conta que viu o
suspeito abaixado e mexendo no carro de Mariana.
“Eu vi que ele estava agachado no pneu do carro. Talvez
murchando, sei lá, fazendo alguma coisa. Quando ele me viu até se assustou e
levantou. Ele foi até o canteiro e ficou mexendo nas árvores que estão ali,
meio que disfarçando a situação."
8h08
O vídeo seguinte já mostra o carro de Mariana estacionado
mais à frente, na porta da academia. Ela conversa com o suspeito. O pneu
traseiro do lado do passageiro está murcho.
Na sequência o suspeito atravessa a rua e vai para a chácara
esperar Mariana. A jovem entra no carro, faz o retorno na avenida e entra no
local.
8h23
Enquanto o suspeito faz a troca do pneu vazio, Mariana tira
uma foto dele e manda para amigos e parentes, mostrando o que tinha acontecido.
A foto ajuda a polícia a identificar o criminoso depois que ela desaparece.
Esta é a última vez que a jovem usa o celular.
9h16
Mais de uma hora depois do carro entrar na chácara, o
suspeito deixa o local com o veículo de Mariana. Antes de sair ele desce e
fecha o portão.
9h22
Apenas seis minutos depois o criminoso volta com o carro de
ré pela avenida e entra novamente na chácara.
9h56
Passam-se mais 34 minutos até que o carro saia de novo.
Rodrigo faz o retorno e passa em frente à academia onde houve a abordagem. O
carro está sem as calotas que antes apareciam nas imagens.
Toda a ação, desde a abordagem até a fuga, dura menos de
duas horas.
Investigação
A polícia aponta Rodrigo como o principal suspeito pela
morte da universitária. Ele foi preso na noite de terça, em Itápolis, depois de
ser identificado pelas imagens a que a polícia teve acesso.
Na quarta o suspeito disse aos policiais onde o corpo de Mariana
estava. Ela foi encontrada de bruços, com as mãos amarradas para trás e um
tecido no pescoço em um canavial no distrito de Cambaratiba, em Ibitinga. A
causa da morte ainda não foi divulgada.
Na audiência de custódia o suspeito chorou e disse negou ter
cometido o assassinato, que ele atribuiu a uma segunda pessoa. A polícia, no
entanto, considera essa versão fantasiosa, já que não há provas da participação
de mais alguém no crime.
Ele tem diversas passagens pela polícia, incluindo estupro e
roubo, e cumpria pena em prisão domiciliar.
Os investigadores agora trabalham para desvendar o que
aconteceu dentro da chácara. Ainda não foi esclarecido em que momento e local
Mariana foi morta - se dentro da chácara ou em algum outro lugar.
Também não está claro em que momento, entre as idas e vindas
da chácara, o suspeito tirou a jovem do local.
Mariana foi enterrada no início da tarde de quinta-feira
(26), sob forte comoção, no Cemitério Municipal de Bariri. Mais de 1.000 pessoas
compareceram à cerimônia – G1.
Para ver a sequência dos vídeos, CLIQUE AQUI.
Carlos Magno
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