A menina Raissa Eloá Capareli Dadona, de 9 anos, encontrada
morta e amarrada em uma árvore no Parque Anhanguera, na zona norte, foi vítima
de estupro e morreu por asfixia, segundo aponta laudo da Polícia
Técnico-Cietífica de São Paulo. Um garoto de 12 anos, que teria confessado o
assassinato, está apreendido.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 17, pelo site
do jornal Agora São Paulo. Assinado pela médica legista Paolla Rossi, o laudo
descreve uma série de lesões sofridas por Raissa, incluindo ferimentos
compatíveis com mordidas, arraste, estrangulamento e enforcamento.
"O conjunto de vestígios descritos permite afirmar que
a morte foi em decorrência de asfixia mecânica por obstrução de vias
respiratórias, e as modalidades de constrição cervical e sufocação direta
concorreram para o óbito", afirma o documento.
Ainda segundo o laudo, a análise externa do corpo permitiria
afirmar que a variedade de lesões seria decorrente de "mais de um tipo de
instrumento contundente". Os ferimentos teriam, ainda, "gravidades
variadas (...) consequente à ocorrência de espancamento, indicando sofrimento
aplicado à vítima nos momentos que antecederam a morte".
A médica legista não encontrou ferimentos que indiquem que
Raíssa tenha tentado ou conseguido se defender. Apesar disso, a Polícia
Técnico-Científica conseguiu recolher material genético sob as unhas da vítima
que pode ajudar na investigação do caso.
Já outras lesões descritas no laudo seriam características
de estupro, com introdução de objeto contundente na vítima, segundo aponta o
exame. Também foi encontrado sêmen no corpo da menina - o material foi
recolhido para análise. Exame complementar apontou, ainda, ausência de álcool
ou droga no sangue da vítima.
Raíssa foi encontrada amarrada pelo pescoço a uma árvore do
Parque Anhanguera no dia 29 de setembro. Ela havia desaparecido quando
participava de uma festa com outras crianças em um Centro Educacional Unificado
(CEU) vizinho.
Dois dias depois, a Polícia Civil informou que um garoto de
12 anos confessou ter assassinado a menina. O adolescente morava na mesma rua
da vítima e foi visto na companhia dela no dia do crime – Estadão.
Carlos Magno
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