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31/10/2019

“Caneta Azul, Azul Caneta”: Achou pouco? Vigilante-compositor disse que tem mais de 21 mil músicas compostas neste estilo


Publicado no dia 18 de outubro, o vídeo do vigilante e compositor amador Manoel Gomes cantando "Caneta Azul", música escrita por ele, está prestes a completar 5 milhões de visualizações no YouTube.

 

Os versos do maranhense sobre uma caneta perdida por ele viraram meme com ajuda da divulgação das redes sociais de famosos. Simaria (da dupla com Simone) e Tirulipa, entre outras celebridades, postaram vídeos cantando a música. E a tal caneta, ele garante, ainda não apareceu.

 

Wesley Safadão, Pablo do Arrocha e Alok cantaram trechos de "Caneta Azul" em shows recentes.



 

"Eu ia para o colégio e perdi a caneta azul. Lá no colégio eu perdia uma, perdia outra, aí ninguém me deu a caneta que tava meu registro nela. Eu não achei e, no outro dia, fiz a música", disse Manoel à TV Mirante, afiliada da TV Globo.

 

Na segunda (28), ele foi até um cartório registrar a música, em Balsas (MA). Manoel tem 49 anos de idade e diz que compõe desde os 15. São mais 20 letras escritas. "Em breve, estarão todas registradas essas músicas", garantiu.

 

Ele também participou do show de Thiago Brava, no sábado (26), em Porto Nacional (TO). "Como que pode uma música tão simples estourar desse jeito? Sucesso está nas coisas simples e a gente querendo dificultar. Manoel tem lágrima na voz", disse Brava.

 

"Fiz o show e fiquei muito feliz. Foi para 15 mil pessoas", comemorou Manoel.

 

Mais de 21 mil músicas compostas

 

Escolher 14 músicas em um universo de 21 mil composições é uma das principais missões de Manoel Gomes. O artista maranhense de 49 anos concedeu entrevista ao G1 e revelou que compõe desde os 15 anos. A única certeza dele é que Caneta Azul está neste próximo disco. O primeiro trabalho também teve 14 músicas, mas não teve a mesma repercussão.

 

Segundo Manoel Gomes, ele não teve chance ainda de acompanhar toda repercussão do fenômeno 'Caneta Azul' no país. Muitos artistas repercutiram o som em diferentes versões, mas dos poucos vídeos que Manoel conseguiu assistir, o de Léo Magalhães foi o que mais lhe chamou atenção.

 

"Eu estava trabalhando e não tive tempo de acompanhar tudo isso não. Ainda não vi quase nada. Só ouço me falarem. O primeiro vídeo que eu vi, foi o Léo Magalhães cantando e ele estava até com uma garrafa de cerveja. Aí o pessoal lá no serviço disse que a música já estava com Léo Magalhães e que agora eu iria sair até da empresa", contou.

 

Mas não saiu não. Manoel disse que trabalha como vigilante e quando o sucesso começou, o patrão foi um dos primeiros a incentivá-lo. "Conversei com o patrão e ele disse que eu não ia ficar 'amarrado' não. Ele falou que eu podia seguir com minha carreira, que meu emprego lá estava garantido quando voltasse", disse o cantor.

 

Depois do sucesso, a rotina mudou completamente. Manoel saiu da escala de trabalho em uma fazenda no município de Balsas para cumprir compromissos como artista e os shows nem começaram ainda. O momento é de encaminhar ajustes burocráticos e atender a alta demanda de entrevistas.

 

O tempo ficou tão curto que nem conseguiu mais voltar à escola onde praticamente tudo começou. Foi em um dia de aula normal, quando perdeu sua caneta azul, que ele reclamou da forma mais poética possível, fazendo uma música sobre o assunto. A composição é recente, não tem um mês, segundo Manoel.

 

"Eu resolvi fazer essa música, pois fui com minha caneta com meu nome dentro. Aí num dia de aula, a caneta sumiu e até hoje não encontrei. Resolvi então fazer uma música por conta disso. Desde que a música virou sucesso não tive mais tempo nem de voltar para escola", disse Manoel que esteve em São Luís nesta quarta-feira (30) acompanhado de familiares e assessores – G1.

 

Carlos Magno

 

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