Um homem suspeito de matar a própria namorada, de 16 anos,
foi preso no domingo (10). Glícia Kelly de Jesus Almeida morreu à tarde, após
levar um tiro numa escadaria no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona
Norte do Rio.
O pedreiro Jefferson Silva de Carvalho, de 31 anos, chegou
preso à Delegacia de Homicídios (DH) no fim da noite.
Testemunhas disseram que Jefferson deu um tiro na namorada e
fugiu. Os vizinhos, que assistiram ao crime, levaram o corpo da jovem até a
entrada da favela, onde havia um carro da Polícia Militar.
Para a família de Glícia, Jefferson matou a namorada por
ciúmes. Um parente dela contou à polícia que o homem era violento, e as
agressões eram comuns. Na noite de sábado (9), o casal foi a um baile funk no
morro. Na volta, a jovem foi agredida. Os dois ficaram brigados até a hora do
crime.
Uma testemunha disse em depoimento que o pedreiro, conhecido
como Jefinho, tem envolvimento com a quadrilha que controla os pontos de venda
de drogas no Morro dos Macacos. As informações foram confirmadas pela delegada
Cristiane Carvalho, que fez a prisão do suspeito.
“Foi apurado, durante o flagrante, que ele realmente faz
parte do tráfico de drogas do Morro dos Macacos. Ele confessou em sede policial
que era muito ciumento e se sentia inferior à vítima, por se sentir feio e
velho para a vítima. Ele vinha com vários episódios de violência doméstica. Já
havia agredido a vítima por várias vezes, mas ela não noticiou na
delegacia", contou Cristiane Carvalho.
Em seu depoimento, Jefferson admitiu que agia como
"mula", levando e reabastecendo pontos de vendas de drogas da favela.
Ele contou que se relacionava com Glícia a cerca de oito meses e que em algumas
discussões "deu tapas leves no pescoço" da namorada.
O pedreiro conta que domingo às 2h, Glícia foi para o baile
funk. Ele combinou que ia dormir e encontrou a vítima no evento por volta das
4h. Os dois foram embora juntos, mas cada um seguiu para sua casa. Marcaram de
se reencontrar às 14h30 na localidade conhecida como Escada do Vinte, onde
ficaram bebendo vodka com energético.
À delegada ele disse que o disparo foi acidental, "de
brincadeira". Segundo ele, o casal não estava brigando.
“Ele diz ele que pegou a arma de fogo de um traficante da
região e, brincando, acertou um tiro na testa da vítima. Já apuramos que essa é
uma história mentirosa, que ele realmente deu o tiro com intenção de matar, na
testa. E depois, em vez de socorrer a vítima, ele fugiu do morro”, afirmou a
delegada.
No depoimento, Jefferson diz que o traficante o mandou sair
da favela. Ele então buscou abrigo na casa de uma tia fora do morro. Essa tia o
teria a se entregar na 20ª DP (Vila Isabel).
Jefferson tem passagem pela polícia por furto. Ele vai
responder por feminicídio e, se for condenado, pode pegar até 30 anos de prisão
– G1.
Carlos Magno
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