Uma jovem de 22 anos foi assassinada com quatro tiros ao
sair da delegacia da Polícia Civil após prestar queixa por estar sendo
perseguida pelo ex-namorado, na tarde desta quinta(14), em São Manuel, interior
de São Paulo. Adrielli Eduarda Rodrigues da Cruz ainda foi socorrida e levada
para um hospital, mas não resistiu. Minutos antes de receber os tiros, a jovem
fotografou o ex em uma motocicleta e enviou a foto para a família, como prova
da perseguição.
Na tarde da sexta (15), Cristiano Gomes, de 30 anos, foi
preso em uma residência na Vila São Geraldo, em São Manuel. Segunda a Polícia,
ele não reagiu e foi conduzido até ao Plantão Policial de São Manuel e diante
do delegado plantonista confessou o autoria do crime e disse estar arrependido
de ter cometido o crime. Foi decretada a prisão temporária pela justiça contra
Cristiano Gomes.
Ele foi transferido para CDP (Centro de Detenção Provisória)
de Itatinga, onde permanecerá à disposição da justiça.
De acordo com os familiares, Adrielli havia rompido o namoro
em razão das agressões que sofria do rapaz. Inconformado, o ex passou a
perseguir e ameaçar a jovem. Na tarde de quinta, ela foi à delegacia, denunciou
as ameaças e entrou com pedido de medida protetiva.
Após sair da unidade policial, Adrielli se deparou com o
ex-namorado de motocicleta, à sua espreita, na rua Francisco da Cruz Mellão,
por onde ela deveria passar. Ela fotografou o rapaz e enviou a foto para a mãe,
pelo aplicativo WhatsApp, dizendo: “Mas dessa vez… olha essa prova”. E
acrescentou. “Ele vem pro meu lado. Já vou aí.”
Conforme a polícia, o suspeito atirou cinco vezes e fugiu na
moto. Quatro tiros acertaram a jovem. Ela foi encaminhada para o Hospital das
Clínicas de Botucatu, mas o estado se agravou e Adrielli morreu na mesma noite.
O crime chocou os moradores da cidade, onde a jovem
trabalhava como operadora de caixa em um supermercado. Muitas pessoas
manifestaram pesar na página de Adrielli
em rede social, transformada em memorial.
A Polícia Civil informou que, ao registrar a ocorrência, a
jovem não relatou ameaça iminente e o pedido de medida protetiva seria
encaminhado à Justiça – Veja, com Estadão Conteúdo.
Carlos Magno
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