A Paraíba apresentou dez meses de redução consecutiva de
assassinatos em 2019. O resultado das ações da Secretaria da Segurança e da
Defesa Social (Sesds) e do Programa Paraíba Unida pela Paz foi divulgado pelo
governador João Azevêdo, nesta segunda-feira (25), durante o programa semanal
‘Fala, governador’, transmitido em cadeia estadual pela rádio Tabajara. De
acordo com dados do Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Sesds,
de janeiro a outubro a queda acumulada foi de 22%, com o registro de 786
ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que são os
homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte. Em
2018, no mesmo período, foram 1.008 casos. Já os assassinatos de mulheres
tiveram queda de 7%, com 65 casos (sendo 33 feminicídios), contra 70 no ano
passado.
De acordo com o chefe do Executivo estadual, os números são
reflexos dos investimentos do governo e da união das forças de segurança do
Estado. “Nós estamos promovendo grandes ações na segurança, fazendo com que
recursos relacionados a pagamentos de bolsas, equipamentos, armamentos e
tecnologia sejam constantes. A criação do BEPMotos de João Pessoa e de Campina
Grande, da Patrulha Maria da Penha, a implantação de batalhões e a construção dos Centros de
Comando e Controle de João Pessoa, Campina Grande e Patos têm feito com que a
segurança pública da Paraíba continue avançando e a população da Paraíba pode
ficar certa de que esse é um foco do governo e vamos continuar com esse olhar
constante”, assegurou.
Dados - As estatísticas apontam que, em termos de taxa, no
comparativo entre 2010 e 2018, a Paraíba saiu de 41,5 assassinatos por cem mil
habitantes para 24,3, representando uma redução acumulada de 43%. Em João
Pessoa, a taxa caiu de 71,3 homicídios por cem mil habitantes para 24,3 (-66%)
e em Campina Grande de 51,7 para 23,3 assassinatos por cem mil habitantes
(-74%).
Ainda de acordo com relatório do Nace, das 22 Áreas
Integradas de Segurança Pública (Aisp), definidas pela LC 111/2012, 17 tiveram
queda no número de CVLI, de janeiro a outubro: 5ª Aisp de Santa Rita, 2ª Aisp
zona sul de João Pessoa, 6ª Aisp de Alhandra, 22ª Aisp na zona Oeste de Campina
Grande, 14ª Aisp de Monteiro, 13ª Aisp de Picuí, 21ª Aisp de Solânea, 10ª Aisp
na zona leste de Campina Grande, 8ª Aisp de Guarabira, 11ª Aisp de Queimadas,
1ª Aisp na zona norte de João Pessoa, 19ª Aisp de Sousa, 4ª Aisp de Bayeux, 3ª
Aisp de Cabedelo, 12ª Aisp de Esperança, 20ª Aisp de Cajazeiras e 7ª Aisp de
Mamanguape.
Redução de ataques a bancos – O trabalho de prevenção e
repressão qualificadas aos crimes contra instituições bancárias na Paraíba
resultou na queda de 59% das ocorrências, com 28 casos registrados de janeiro a
outubro deste ano, entre arrombamentos, explosões e roubos, contabilizados em
19 dos 223 municípios paraibanos. Especificamente em relação às explosões, a
redução nas ocorrências foi de 71%, com 18 casos em dez meses.
Queda dos roubos em João Pessoa e Campina Grande – As duas
maiores cidades do Estado registraram queda nas ocorrências de crimes
patrimoniais no período de janeiro a outubro deste ano. Na capital, a redução
foi de 33%, incluindo roubos a pessoas (-36%), roubos a estabelecimentos comerciais
(-8%) e roubos em transportes coletivos (-32%). Já em Campina Grande o
decréscimo foi de 22%, abrangendo roubos a pessoa (-12%), roubos a
estabelecimentos comerciais (-37%), roubos a residências (-35%) e roubos em
transportes coletivos (-51%).
Em relação aos roubos de veículos, os dois municípios
acumulam uma redução de 19% nas ocorrências. As ações da Polícia Civil e da
Polícia Militar também conseguiram recuperar 61% dos veículos roubados ou
furtados no Estado, somando 2.199.
Operações e prisões de interesse estratégico – De janeiro a
outubro de 2019, 2.332 prisões de interesse estratégico foram realizadas pelas
forças de segurança (suspeitos de homicídios, roubos, incluindo de veículos, e
pessoas com mandados de prisão em aberto) e um total de 16 mil prisões no
Estado no mesmo período. Tiveram destaque as 1.387 prisões de autores de crimes
patrimoniais (59%).
Nos dez meses, 4.198 operações realizadas pela Polícia
Militar, Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros Militar, sendo 2.993 operações
de interesse estratégico.
Apreensão de armas e drogas – Em dez meses, um total de
3.171 armas de fogo, entre revólveres, espingardas, fuzis e pistolas, foi
apreendido nas ruas em decorrências do trabalho de policiais militares e civis.
O número é 55% maior do que foi retirado de circulação no mesmo período de 2018
(2.042 armas). As apreensões tiveram aumento nas três Regiões Integradas de
Segurança Pública (Reisp) – João Pessoa, Campina Grande e Patos.
Também nesse período, mais de uma tonelada de entorpecentes
foi apreendida no Estado, entre maconha, crack e cocaína. Os destaques nas
ações policiais foram as desarticulações de laboratórios de refino de drogas,
pelas Polícias Militar e Civil.
Resgate de acidentes de trânsito – A atuação do Corpo de
Bombeiros Militar resultou no resgate de 3.117 pessoas acidentadas no trânsito,
de janeiro a outubro deste ano. A maioria das ações aconteceu em João Pessoa
(1.623 casos). Na região de Campina Grande, 390 pessoas foram resgatadas e no
Sertão os bombeiros militares foram responsáveis por 435 ações desse tipo. No
comparativo entre os anos de 2018 e 2019, foram 542 resgates a mais – Secom-PB.
Carlos Magno
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