O novo partido do presidente Jair Bolsonaro ganhou um
presente polêmico na sua primeira convenção, realizada em Brasília. É um painel
em que o nome Aliança pelo Brasil é formado por cartuchos de balas. O painel
foi encomendado pelo deputado estadual Delegado Péricles (PSL-AM) ao artista
plástico Rodrigo Camacho, que já havia presenteado Bolsonaro com um mapa do
Brasil formado por balas, e tem sido criticado pela oposição nas redes sociais.
O painel, que ficou exposto na entrada da convenção em que o
presidente Jair Bolsonaro foi escolhido presidente do Aliança pelo Brasil, é
formado por cerca de 4 mil projéteis e pesa cerca de 50 quilos. Segundo o autor
do painel, são cartuchos que foram deflagrados em treinamentos militares.
"A minha arte representa a quantidade de vezes que nossas forças armadas e
policiais treinam para não errar no seu cotidiano tático", disse Rodrigo
Camacho, que postou uma foto pousando orgulhoso ao lado do painel no Instagram.
Autor da ideia de fazer o logo do Aliança pelo Brasil com
balas, o Delegado Péricles parabenizou Camacho "pelo excelente trabalho em
homenagem ao presidente Bolsonaro". O deputado, em um vídeo que postou nas
redes sociais depois que muitas pessoas lhe perguntaram a origem do painel, que
a intenção do trabalho de Camacho é dar um novo uso aos cartuchos deflagrados
através da reciclagem. Camacho reforçou a ideia da reciclagem e disse que foi
uma honra fazer esse trabalho para o Aliança pelo Brasil. Antes disso,, Camacho
já havia feito um mapa do Brasil com o rosto de Bolsonaro e também um mapa com
o rosto de Carlos Bolsonaro usando projéteis.
O painel, contudo, gerou muita discussão nas redes sociais.
De um lado, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro elogiaram o mural. Do
outro, por sua vez, os críticos do governo criticaram a ideia de aliar o
governo a um objeto que remete à violência como os cartuchos de balas.
"O que está nascendo é um partido ou um grupo
paramilitar?", tuitou Manuela d'Ávila. "O partido ainda diz que tem
como princípio 'valores cristãos?' Armas e ódio não combinam com Cristo!",
disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), dizendo que a nova legenda de Bolsonaro
deveria se chamar "partido da milícia". "Além de ignorante,
mentirosa e violenta, a extrema-direita brasileira é absurdamente brega",
criticou a deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP). "Necropolítica", encerrou
a líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – Congresso em Foco.
Carlos Magno
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