Os investimentos tiveram uma desaceleração mais forte em
2019, primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro, registrando uma
alta de 2,2% no ano passado, após um salto de 3,9% em 2018 e queda de 2,6% em
2017. Já a despesa de consumo do governo caiu 0,4%, em meio ao rombo das contas
públicas e dificuldades orçamentárias.
A taxa de investimento em 2019 foi de 15,4% do PIB, acima do
observado em 2018 (15,2%), mas ainda bem abaixo do patamar acima de 21%
registrado em 2013. Já a taxa de poupança caiu para 12,2%, ante 12,4% em 2018.
No setor de serviços, as atividades que registraram maior
avanço no ano foram: informação e comunicação (4,1%) – maior taxa de
crescimento entre todos os componentes do PIB –, atividades imobiliárias (2,3%)
e comércio (1,8%).
Na agropecuária, o crescimento foi puxado pelo cultivo de
milho (23,6%), algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%).
Construção tem 1ª
alta após 5 anos de quedas
Pela ótica da produção, tanto os serviços como a
agropecuária tiveram um crescimento menor em 2019, enquanto que a indústria
manteve o resultado de 0,5%, com destaque para construção civil que cresceu
1,6% – (1ª alta após 5 anos consecutivos de quedas).
Apesar do crescimento, o setor se encontra 30% abaixo do
pico, que foi alcançado no primeiro trimestre de 2014. E no 4º trimestre houve
retração de 2,5%, ante o 3º trimestre. O IBGE destacou também que a alta em
2019 foi puxado pela atividade imobiliária, e não pelo setor de infraestrutura.
Já a indústria extrativa teve queda de 1,1% em 2019,
enquanto que a de transformação registraram avanço de apenas 0,1%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram
2,5% – a 1ª queda em 5 anos –, enquanto as importações de bens e serviços
avançaram 1,1%.
A necessidade de financiamento da economia brasileira
cresceu de R$ 168 bilhões em 2018 para R$ 212,2 bilhões em 2019. "O
principal fator para esse crescimento foi a transformação do superávit de R$
26,3 bilhões do saldo externo de bens e serviços no ano de 2018 para o déficit
de menos R$ 24,1 bilhões em 2019", destacou Rebeca Palis, coordenadora das
Contas Nacionais do IBGE – G1.
Carlos Magno
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