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06/03/2020

Aliança Pelo Brasil: Partido de Bolsonaro só conseguiu 7 mil, das 492 mil assinaturas necessárias para ser criado


Barrado por um inesperado processo de rejeição no registro de assinaturas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Aliança Pelo Brasil, partido em fase de fundação pelo presidente Jair Bolsonaro, não poderá disputar as eleições municipais de 2020. Os responsáveis têm até o dia 4 de abril, seis meses antes da eleição, para registrarem 492 mil assinaturas e oficializar o partido.

 

Em 4 de março, há um mês da data limite, o TSE registra apenas 7 mil aliados — como o partido chama os apoiadores — aptos a serem admitidos como filiados à legenda. O próprio Aliança já jogou a toalha. No final de fevereiro, Luis Felipe Belmonte Santos, vice-presidente e operador do partido, afirmou que não há pressa para que tudo seja devidamente regulamentado.



 

Quanto à falta de assinaturas, ele alega que a sigla coletou mais de um milhão delas, mas que a burocracia e o sistema instável do TSE impediram que fossem processadas. O órgão afirma que aproximadamente 50 mil assinaturas estão sendo impugnadas. De acordo com o TSE, entre os filiados, o Aliança apresentou assinaturas de gente que até já morreu. Uma clara fraude.

 

Em termos de registro, o Aliança não consegue abarcar nem os que estão se desfiliando do PSL desde outubro, quando Bolsonaro disse a um apoiador “esquece o PSL, tá ok?”. Desde então, aproximadamente 66 pessoas saem do PSL por dia, o que resultaria em mais de nove mil saídas — número maior que os já formalizaram o apoio ao Aliança.

 

Falta de interesse?

 

Entre as formas de explicar o desinteresse pelo novo partido, está a de que talvez a ideologia dele não seja tão sedutora. Afinal, é considerada antiga e tacanha. A inspiração do novo partido é a Aliança Renovadora Nacional (Arena), fundada em 1966 durante a Ditadura Militar. O documento de fundação da Arena fala em “incentivo à iniciativa privada como elemento básico de desenvolvimento e indispensável ao regime democrático” e “estrita observância do sistema de mérito”, bandeiras econômicas ferrenhamente defendidas pelo programa do novo partido da família Bolsonaro.

 

A criação do partido foi ainda mais dificultada com a decisão tomada na quarta-feira 4 pelo Supremo, que manteve as regras que impedem que pessoas já filiadas a uma legenda possam se filiar a outra em fase de construção – Istoé.

 

Carlos Magno

 

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