A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus,
ultrapassou a marca de meio milhão de infectados nesta quinta-feira, 26.
Segundo a Johns Hopkins University, que monitora a pandemia em tempo real,
foram registrados 510.108 casos de contaminação em todo o mundo e 22.993
mortes. Os dados apontam que os Estados Unidos estão perto de ultrapassar a
Itália como país onde há o segundo maior registros de casos.
A China, onde a doença se originou no final de 2019,
continua na liderança no ranking de países com maior número de casos (81.782),
apesar de ter interrompido a propagação do vírus e quase não mais relatar casos
de transmissão comunitária. Em segundo lugar vem a Itália, onde está o pior
cenário: 80.589 casos e 8.215 mortes.
Os Estados Unidos estão prestes a superar a Itália em número
de casos, com 75.233 diagnosticados, embora esteja longe de ultrapassar o país
europeu no número de mortes. Segundo a Johns Hopkins, 1.093 americanos morreram
por causa da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou as
autoridades americanas que o país poderia se tornar um novo epicentro da
pandemia.
No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
diz querer ver o país reaberto “até a Páscoa”, em 12 de abril, apesar da
propagação rápida do vírus. Temendo pela economia, o Congresso aprovou um
pacote de dois trilhões de dólares para não deixar o país quebrar.
A OMS também alertou que o vírus estava acelerando sua
propagação pelo mundo. A África, ainda com poucos casos relatados, se prepara
para enfrentar o vírus. Mas em regiões onde há grupos armados atuando, a
resposta à pandemia pode se tornar mais complicada. O acesso à água é outro
obstáculo na faixa subsaariana do continente.
Pelo mundo, os governos adotam medidas de contenção para
evitar ter a doença em casa. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi,
decretou a quarentena total do país por três semanas, e seu gabinete anunciou
um pacote de 22 bilhões de dólares para ajudar os “pobres e sofredores” durante
o confinamento. A Rússia adotou medidas similares às da Índia, mas ainda não
ordenou a quarentena de seus cidadãos.
Apesar da gravidade da doença, governos de extrema-direita
ao redor do globo falham em combater o vírus. O diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom, disse, ao ser questionado sobre a postura do presidente brasileiro
Jair Bolsonaro, que ataca os governadores estaduais alegando que a Covid-19 é
um “resfriadozinho” e uma “histeria” divulgada pela mídia, que “em muitos
países, as UTIs estão lotadas”.
No Brasil, foram contabilizadas 2.567 infecções e 61 mortes,
a maioria no estado de São Paulo – Veja.
Segundo informação divulgada pelo portal G1, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira (26) que, nos últimos dois
dias, o mundo registrou mais 100 mil novos casos de coronavírus.
Carlos Magno
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