O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que viu o discurso
do presidente Jair Bolsonaro, transmitido em cadeia nacional na noite desta
terça-feira (31/3) pelo fato de ter amenizado o posicionamento sobre as medidas
de prevenção contra o coronavírus. O congressista, no entanto, avalia que foi
um erro ter usado falas do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Tedros Adhanom, para justificar tese do salvamento de vidas e empregos, o que
para ele, a interpretação do chefe do Executivo se mostrou
"equivocada". Major Olímpio foi o entrevistado desta quarta-feira
(1/4) do programa CB.Poder, uma parceria do Correio com a TV Brasília.
"O mundo todo está batendo cabeça nesse momento. O
presidente americano, há uma semana, batia no peito também chamando de
gripezinha e que nos EUA não tinha essa (isolamento social). Agora, com um
monte de caminhões com corpos em Nova York, ele pulou para trás e já pede pro
povo ficar em casa. O prefeito de Milão também reconheceu o erro que fez.
Então, dar esse passo pra atrás, como fez Bolsonaro, eu vejo como uma coisa
positiva, onde voltou pro rumo", comentou o senador.
Sobre os panelaços, registrados em várias cidades enquanto o
presidente discursava, para Olímpio, é um fato comum em uma democracia.
"Quem está na chuva é pra se molhar mesmo. Quem está na área política terá
seus momentos de glória e vai ter seus dias que serão contestados. Há um
segmento da sociedade questionando Bolsonaro, e isso é próprio da democracia.
Tem que tocar bola em relação a isso", frisou.
A relação com o presidente, no momento segue abalada, como o
próprio Olímpio definiu, após uma discussão com o senador Flávio Bolsonaro por
conta da criação da CPI da Lava Toga. O militar disse que continua do lado do
presidente, mas que está esperto com suas posturas. "Voto pela maioria dos
projetos e, quando eu tenho que dizer que ele está errado, eu expresso. Eu digo
que sou aliado e não alienado. Eu não concordo em algumas partes com a postura
que ele vem tendo", ressaltou.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também foi
alvo de críticas do Major Olímpio, principalmente sobre as ações de combate ao
coronavírus no estado mais rico do país e as brigas com o presidente. Destacou
que tudo que vier do governador paulista, as pessoas precisam desconfiar e, que
nesse momento, cada governante precisa cuidar do seu pedaço. "O Doria foi
um grande traidor. O presidente brigou comigo na época das eleições de 2018
quando o Doria veio com aquela farsa do 'BolsaDoria'. Cheguei a dizer pra ele não entrar nessa e que esse cara é o
maior farsante do mundo, 171 mesmo. O pau quebrou naquele tempo, mas agora ele
reconheceu quem era o sujeito. Não é momento de discussão ideológica ou
partidária por agora. Bolsonaro é o presidente e ele tem que exercer o papel
que o povo lhe deu. Os governadores precisam cuidar do seu pedaço",
criticou – Correio Braziliense.
Carlos Magno
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