Durante missa neste domingo, 19, o papa Francisco ressaltou
que a pandemia do novo coronavírus é o momento de “eliminar desigualdades”. “O
risco é ser golpeado por um vírus ainda pior, o do egoísmo e o da indiferença”,
declarou.
A celebração foi realizada na Igreja do Santo Espírito,
dedicada à Divina Misericórdia. O Dia da Misericórdia é celebrado uma semana
após a Páscoa. O santuário romano estava vazio durante a missa, que teve acesso
fechado ao público para evitar aglomerações.
“Agora, quando pensamos em uma lenta e árdua recuperação da
pandemia, esse perigo é sugerido: esqueça o que foi deixado para trás. O risco
é que um vírus nos atinja ainda pior, o do egoísmo indiferente."
O papa alertou que algumas pessoas terem superado as
dificuldades da pandemia do covid-19 não significa que outros não estejam
passando por adversidades. “Partimos dessa ideia e continuamos até segregar as
pessoas, descartar os pobres e imolar no altar do progresso aqueles que são
deixados para trás. Mas essa pandemia nos recorda que não há diferenças, nem
fronteiras entre os que sofrem.”
“Todos somos frágeis, iguais e valiosos. Que o que está
passando nos sacuda por dentro. É tempo de eliminar as desigualdades, de
reparar a injustiça que mina a saúde de toda a humanidade”, acrescentou.
Ele citou como exemplo os feitos de apóstolos e das
primeiras comunidades cristãs. “Os crentes viviam todos unidos e tinham tudo em
comum; vendiam posses e bens que eram repartidos entre todos, segundo a
necessidade de cada um”, disse. “Não é ideologia, é cristianismo.”
“Atualmente, parece o contrário, uma pequena parte da
humanidade avançou, enquanto a maioria ficou para trás”, afirmou. “Não pensemos
somente nos nossos interesses, nos interesses particulares. Aproveitemos essa
provação como uma oportunidades para preparar o amanhã de todos. Porque, sem
uma visão de conjunto, ninguém terá futuro” – EFE.
Carlos Magno
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