Em mensagem enviada aos colegas de equipe, o secretário de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, anunciou que
deixará o cargo nesta segunda-feira, 25. Ele escreveu: “Apesar de sair da
função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuarei ajudando ao ministro
Pazuello nas ações de resposta à pandemia. Somos da mesma instituição,
Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida.”
Oliveira é remanescente da gestão de Luiz Henrique Mandetta,
que foi demitido do posto de ministro da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro e
se tornou um dos principais responsáveis pela estratégia de combate ao surto no
Brasil como elaborador das chamadas “medidas não farmacológicas” e um defensor
das medidas de distanciamento social.
O secretário havia decido por sua saída em 14 de abril,
portanto, antes mesmo da saída de Mandetta. À época, o desligamento do então
ministro da Saúde era dada como certa devido às divergências com Bolsonaro, que
pressionava pela volta das atividades econômicas e pela liberação do uso da
cloroquina. Mandetta não aceitou a demissão do auxiliar.
Dias depois, Mandetta saiu, e o oncologista Nelson Teich o
substituiu. Wanderson, então, voltou a afirmar que sairia, mas se colocou à
disposição para ajudar na transição, antes de tirar uns dias de férias, de 4 a
19 de maio. Teich se demitiu e, agora, o ministério é dirigido pelo general
Eduardo Pazuello, que nomeou mais de 15 militares para postos-chave.
Doutor em epidemiologia pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Wanderson Oliveira é servidor civil do Hospital das Forças
Armadas (HFA), onde atua como enfermeiro epidemiologista, e professor da Escola
Fiocruz de Governo, em Brasília. Ele se reapresentará no HFA, depois de atuar 16
anos no Ministério da Saúde – Veja.
Carlos Magno
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