A morte do comerciante “Naldinho do Cigarro” ocorrida neste final de semana em Campina Grande, com diagnóstico da Covid-19, trouxe mais preocupação para comerciantes da Feira Central da cidade. Alguns deles chegaram a defender que o prefeito Romero Rodrigues decrete “lockdown” em todo o Mercado Central, como forma de evitar mais contaminação pelo coronavírus.

O tema foi tratado nesta terça-feira (26) em emissoras de rádio da cidade e a maioria dos que opinaram sobre o assunto ficou a favor da medida, devido à singularidade da Feira Central, onde torna-se praticamente inviável o seu funcionamento com o cumprimento da distância mínima de dois metros entre uma pessoa e outra, além do uso da máscara, como formas de evitar o contágio.

Também nesta terça o presidente do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região, José do Nascimento Coelho, afirmou que a decretação do “lockdown” deveria abranger não apenas a Feira Central, mas todo o comércio da cidade. Segundo ele, o acentuado crescimento no número de casos e de óbitos nos últimos dias evidencia a necessidade de adoção da medida.

“Caso os gestores de todas as esferas não adotem as medidas recomendadas pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e outros órgãos de vigilância sanitária, a covid-19 tende a fazer muitas mortes na nossa cidade”, disse José do Nascimento Coelho, demonstrando preocupação com os comerciários, que são os que mais tem contato com o público nos estabelecimentos que estão autorizados a funcionar.

“É necessário, mais do que nunca, que os gestores adotem medidas mais duras, a exemplo do lockdown, para conter o avanço da doença e diminuir o número de mortes”, disse Coelho, em entrevista ao portal Polêmica Paraíba.

Carlos Magno

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