A projeção do avanço do coronavírus no Brasil feita pela
Universidade de Washington foi atualizada pela segunda vez, e agora prevê 165,9
mil mortes causadas pela covid-19 no País até 4 de agosto. A primeira
estimativa para o Brasil, feita em 12 de maio, projetava 88 mil mortes. O dado
foi alterado para 125,8 mil mortes no último dia 25 e novamente revisado neste
sábado, 6.
Os pesquisadores não estimam mais quando o Brasil chegará ao
pico, só traçam uma curva ascendente até o início de agosto, quando o País
registrará mais de 5,2 mil mortes diárias, de acordo com a projeção. O
intervalo possível traçado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation
(IHME), da Universidade de Washington, estima que o Brasil tenha ao menos 113
mil mortes e no máximo 253 mil até agosto. O modelo do IHME é o que tem
embasado as políticas de saúde da Casa Branca.
As previsões são atualizadas conforme são obtidos novos
dados, como número de infectados e internados, e também pode ser alterada de
acordo com mudança nas políticas públicas adotadas em cada país.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca usou o IHME quando o
presidente Donald Trump estimou no final de março que entre 100 mil e 240 mil
americanos poderiam morrer em decorrência da covid-19 na primeira onda de
contágio, mesmo com a adoção das medidas de extremo distanciamento social. Sem
o isolamento, disse Trump na época, o vírus poderia matar até 2 milhões de
americanos.
Críticos ao modelo do IHME apontam que as projeções preveem
um final do pico de infecções mais rápido do que o que tem sido registrado, o
que leva a número de mortes subestimado pelos pesquisadores da Universidade de
Washington – Estadão.
Carlos Magno
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