A saída encontrada pelo governo para resolver os problemas
causados pela presença de Abraham Weintraub no Ministério da Educação é vista
com preocupação por diplomatas e integrantes de órgãos multilaterais, que
chegam a falar em "potencial enorme de um desastre internacional".
Nesta quinta-feira (18), no vídeo ao lado do presidente Jair
Bolsonaro no qual anunciou que deixará o ministério, Weintraub confirmou que
ocupará um cargo de diretor no Banco Mundial.
Ele irá para um posto de livre indicação do Brasil, o de
diretor-executivo do Grupo de Acionistas que o Brasil representa no Banco
Mundial, e que reúne Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti,
Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago.
O salário é de US$ 250 mil ao ano (cerca de R$ 1,34 milhão,
em valores de hoje), e o ocupante do cargo precisa morar em Washington.
Diplomatas e integrantes de organismos multilaterais ouvidos
pelo blog dizem que o cargo é eminentemente diplomático e que são essenciais
relações com representantes dos países do grupo para o Brasil atrair
investimentos.
Outra pessoa ouvida, com larga escala em organismos
internacionais, disse que em passado recente, um indicado brasileiro a um cargo
semelhante no Fundo Monetário Inrternacional (FMI) causou problemas com os países
do grupo, o que levou à perda de influência do Brasil e a problemas
diplomáticos em outras áreas.
A partir da indicação oficial, feita pelo Ministério da
Economia, a confirmação do ocupante do cargo leva cerca de um mês, após
consulta aos demais países do grupo – G1.
Carlos Magno
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