A polícia do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente um
produtor rural, de 42 anos. Ele é suspeito de ser o mandante do crime que matou
Diênifer Padia, 26 anos, e outros dois parentes da vítima no dia 19 de maio. As
informações são do jornal GaúchaZH.
De acordo com a delegada Daniela Minetto, Diênifer era
amante do produtor rural e teve um filho com ele. A esposa do preso e o cunhado
dele também teriam envolvimento no crime e estão foragidos.
Conforme as investigações, o homem preso é dono de uma
propriedade rural que cria suínos. Diênifer e um familiar trabalharam no local
antes dela ir morar em Passo Fundo. A jovem se envolveu com o chefe, que era
casado e tinha filhos.
Durante o relacionamento extraconjugal, a mulher engravidou,
mas ocultou a gravidez. Ela só reapareceu após o nascimento da criança. “Quando
ela surgiu com a criança, começaram a aparecer os rumores que a mulher do
chefe, a patroa, descobriu a traição. Diênifer e o familiar foram mandados
embora e retornaram a Passo Fundo”, explicou Daniela ao jornal GaúchaZH.
Ainda segundo a delegada, Diênifer teria feito algumas
exigências ao suspeito. Ela recebeu uma casa – onde o crime aconteceu – e um
cartão de crédito para arcar com as despesas da bebê. A partir de fevereiro
deste ano, ela passou a receber ameaças de morte.
Na noite de 19 de maio, Diênifer, o cunhado Alessandro dos
Santos, 34 anos, e a sobrinha Kétlyn Padia dos Santos, 15 anos, foram mortos
por asfixia dentro de casa.
Crime premeditado
As investigações apontam que a ex-patroa de Diênifer pediu
ao irmão para achar alguém que pudesse eliminar a jovem. Um ex-policial
militar, com antecedentes por tráfico de drogas, foi contratado para matar a
mulher. O crime previa recompensa em dinheiro.
O ex-PM foi preso preventivamente em 19 de junho. Em
depoimento, ele diz que não aceitou a proposta. No entanto, a investigação
aponta que o ex-PM contratou dois homens para executar o crime. A polícia ainda
trabalha para chegar no nome dos dois homens que executaram o crime.
Para a polícia, Alessandro e Kétlyn foram mortos por estarem
com Diênifer no momento do crime. “Mataram pai e filha como queima de arquivo,
para não ter testemunha”, disse Daniela ao GaúchaZH.
Ainda de acordo com a delegada, todos os envolvidos serão
indiciados por homicídio com quatro qualificadores: pagamento de recompensa,
asfixia, emboscada e homicídio contra mulher em razão da condição de sexo
feminino – Istoé.
Carlos Magno
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