O Ministério da Saúde sinalizou nesta 6ª feira (17.jul.2020)
que pode alterar as orientações sobre uso da cloroquina e da hidroxicloroquina
no tratamento da covid-19.
A eventual mudança deve vir depois de a Sociedade Brasileira
de Infectologia emitir 1 parecer recomendando que o uso dos medicamentos seja
abolido em qualquer fase da doença.
A autarquia cita 2 estudos internacionais que se somaram a
outros afirmando que o medicamento não é eficaz contra o novo coronavírus.
“Um dos estudos avaliou pacientes com covid-19 em 40 Estados
norte-americanos e 3 províncias do Canadá. O grupo que recebeu hidroxicloroquina,
em comparação aos pacientes que receberam placebo (preparação neutra sem
efeitos farmacológicos), não teve nenhum benefício clínico”, detalha o informe.
Em entrevista a jornalistas, Hélio Angotti Neto, secretário
de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos disse que a pasta
avalia novas evidências.
“Estamos vendo quais são as evidências mais novas publicadas
na literatura universal, então já somamos mais de 1 mil evidências em quase 70
boletins de evidências científicas, esses boletins são atualizados diariamente.
E se mudará as orientações? Provavelmente sim. A ciência, ela muda dia após
dia.” – Poder 360.
“Não recomendo”, diz
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o
tratamento que está fazendo para combater a covid-19 com hidroxicloroquina. No
fim da tarde da quarta-feira (15/7), o presidente fez uma live no Facebook para
confirmar que o segundo teste feito por ele deu resultado positivo para o
vírus.
Apesar de defender em outras ocasiões o uso do medicamento e
dizer que a droga estava trazendo bons resultados, Bolsonaro afirmou que não
recomenda "nada" às pessoas. "Recomendo que você procure seu
médico", disse.
"Estou medicado desde o ínicio com hidroxicloroquina.
Tenho recomendação médica para isso. Estou me sentindo bem desde o dia
seguinte. Não tive nenhum sintoma forte, uma febre pequena na segunda-feira
retrasada, de 38 graus, um pouco de cansaço e dores musculares",
acrescentou.
A declaração ocorre após o subprocurador do Ministério
Público Lucas Rocha Furtado pedir, na última terça-feira (14/7), que o Tribunal
de Contas da União (TCU) obrigue o presidente a deixar de "propagandear o
uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no trato da covid-19".
Durante a live, Bolsonaro ponderou se o fato de estar se
sentindo melhor tem a ver com o uso do remédio. "Coincidencia ou não,
sabemos que o tratamento não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo
comigo."
Ele relembrou que o medicamento ainda está passando por
testes e voltou a falar que tem apoio de alguns médicos para a aprovação do
medicamento. "Não estou fazendo nenhuma campanha, o custo é baratíssimo.
Deve ser até por isso que existem algumas pessoas contra. Outras, pelo que
parece, é uma questão ideológica", argumentou – Correio Braziliense.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas