Uma segunda onda de contaminação da COVID-19 neste inverno
europeu poderia causar até 120.000 mortes nos hospitais do Reino Unido, no pior
cenário "razoável" sem preparação adequada, segundo estudo da Academia
de Ciências Médicas que será publicado nesta terça-feira (14).
"Não é uma previsão, é uma possibilidade",
enfatizou em comunicado o professor Stephen Holgate, que comandou a elaboração
do relatório por 37 especialistas, solicitado pelo governo do primeiro-ministro
Boris Johnson.
O relatório alerta que "uma preparação intensa" é
necessária a partir de agora para reduzir o risco do serviço publico de Saúde
(NHS) sofrer um colapso neste inverno europeu.
Alguns estudos temem que o novo coronavírus, responsável
pela morte de cerca de 45.000 pessoas no Reino Unido, país mais atingido pela
doença na Europa, se propague com mais força durante a temporada fria.
Embora o relatório explique que existe um "alto grau de
incerteza" sobre a evolução da epidemia da COVID-19, o "pior cenário
razoável" prevê um aumento da taxa de reprodução do vírus de 1,7 a partir
de setembro. Este dado, que corresponde ao número médio de pessoas que se
infectam através de outra pessoa já infectada, está atualmente entre 0,7-0,9 no
país.
As previsões estabelecidas sobre a base deste tipo de
cenário citam picos de mortes e admissões em hospitais de janeiro e fevereiro
de 2021 "similares ou piores" aos da primeira onda da primavera,
coincidindo com o habitual aumento da atividade no sistema hospitalar devido a
doenças sazonais.
O número de mortes relacionadas à COVID-19 entre setembro de
2020 e junho de 2021 poderia chegar a 119.900.
Contudo, a estimativa não leva em consideração ações do
governo para reduzir a taxa de contaminação, nem a utilização de dexametasona,
corticoide que permite reduzir a taxe de mortalidade dos pacientes em estado
grave, segundo os autores do estudo.
Os especialistas defendem, entre outras medidas, a
realização de campanhas de informação para o público, o aumento da capacidade
de testes diagnósticos e que pessoas nos grupos de risco e trabalhadores da
saúde se protejam dos efeitos mais graves da gripe se vacinando – AFP.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas