Os Ministros que compõem o Tribunal de Contas da União – TCU
manifestaram apoio e solidariedade ao Ministro Vital do Rêgo Filho em relação à
operação realizada ontem em endereços de pessoas de seu relacionamento pessoal,
seguida da apresentação de denúncia nos autos de um inquérito que tramita há
quase 5 anos e que dois procuradores-geais da República – Rodrigo Janot e
Raquel Dodje – não vislumbraram elementos para formalizar o pedido de ação
penal.
Durante a sessão remota do órgão, os Ministros se
solidarizaram com Vital do Rêgo e afirmaram que sua conduta, não apenas na
corte, mas também antes de ser indicado para compor o TCU, tem sido pautada
pela correção dos atos e absoluto espírito público. O primeiro a se manifestar
foi o Presidente do TCU, José Múcio Monteiro.
“A Presidência se solidariza com o Ministro Vital do Rego,
ao tempo em que tem certeza de que os acontecimentos que estão sendo noticiados
serão rapidamente esclarecidos e superados. Somos testemunha da atuação
dedicada e diligente do Ministro Vital do Rêgo junto a esta corte de contas”, disse
o Presidente.
Outro que se manifestou foi o Decano da Corte, Walton
Alencar. “Ao endossar a manifestação de Vossa Excelência, na condição de Decano
desta corte, gostaria de manifestar profunda solidariedade ao ministro Vital do
Rêgo pelo momento de dor que atravessa. Conheço o Ministro Vital do Rego desde
antes de assumir o Tribunal e posso assegurar que, nesta casa, Sua Excelência apenas
deu provas de exação, de correção e de demonstração de que é um grande homem
público”.
Walton disse torcer para que, rapidamente, os fatos sejam
esclarecidos, comprovando a correção dos atos do Ministro Vital. “Nada teria
que suspeitar de sua atuação, sempre proba, sempre digna e sempre correta no
exercício da jurisdição desta corte. Torço publicamente para que fique demonstrada,
vez por todas, a absoluta improcedência dos fatos objeto da denúncia que contra
ele se assaca”, afirmou o ministro
O Ministro Raimundo Carreiro elogiou as palavras do
presidente José Múcio e do Decano Walton Alencar e lembrou que muitos homens públicos
são “condenados” de forma antecipada. “Infelizmente, Presidente, as pessoas que
respondem a uma investigação, elas são condenadas antes mesmo do procedimento investigatório.
Nem o inquérito se instala e você já está condenado. Infelizmente, também, isso
se arrasta por um período indefinido. Aquilo que está previsto na Constituição
de um tempo razoável de duração de um processo, isso não existe”.
Ele lembrou que depois, quando é provada a improcedência das
denúncias, a notícia não recebe a mesma repercussão na mídia. “As pessoas que
caem numa situação dessa, e estou dizendo com conhecimento de causa, ficam
sofrendo: seus amigos, sua família, a instituição a que pertencem, ficam
sofrendo para depois, em cinco linhas, não são cinco laudas não, em cinco linhas,
dizer que não tem nada. Espero que, brevemente, os esclarecimentos sejam postos
em pratos limpos e que o Ministro Vital do Rêgo tenha sossego na sua vida
familiar e profissional”.
Outros Ministros também prepararam notas em defesa do Ministro
Vital e fizeram questão de solicitar registro de suas notas na Ata da sessão,
afirmando estarem contemplados com as falas do presidente José Múcio e do
Decano Walton Alencar.
“Havia preparado também uma manifestação sobre o tema, mas
me sinto contemplado pela manifestação de Vossa Excelência e do Ministro Decano
que, creio, falou por todos. Eu vou encaminhar à presidência para que conste na
Ata da sessão a minha manifestação”, afirmou o Ministro Bruno Dantas –
Assessoria.
Para ver o vídeo com os depoimentos dos ministros, CLIQUE AQUI.
Carlos Magno
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