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02/09/2020

Após depoimento da prima de Romero, Polícia Federal deflagra 4ª fase da Operação Famintos em Campina Grande


A Polícia Federal está nas ruas de Campina Grande, nesta quarta-feira (02), deflagrando a quarta fase da Operação Famintos, desencadeada pela PF, que descobriu a atuação de uma ORCRIM – Organização Criminosa com fraudes milionárias na Prefeitura de Campina Grande, na atual gestão do prefeito Romero Rodrigues, desviavando dinheiro da merenda escolar que seria destinada às crianças e jovens das creches e escolas da rede municipal de ensino em Campina.

 

Nesta 4ª fase da operação, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na cidade. Ela acontece dois dias após a senhora Maria do Socorro Menezes de Melo ter prestado depoimento na Polícia Federal, no âmbito da mesma Operação Famintos. Maria do Socorro é prima do prefeito Romero Rodrigues Veiga e do vereador Márcio Melo, também primo de Romero e da base política do prefeito na Câmara de Campina Grande.



 

Na época em que a Polícia Federal descobriu o esquema de desvio de recursos da merenda escolar na Prefeitura campinense, ela exercia a função de Diretora Administrativa e Financeira da Secretaria Municipal de Educação em Campina Grande, órgão onde, segundo a Polícia Federal, agia a ORCRIM.

 

OPERAÇÃO FAMINTOS

 

A Operação Famintos investiga fraudes em licitações para a distribuição da merenda escolar em Campina Grande. No total, 16 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público Federal.

 

A ação tem por alvo a apuração do envolvimento de empresários e servidores do município, ex-auxiliares do prefeito Romero Rodrigues, como sua ex-cunhada e ex-secretária de Educação Iolanda Barbosa. A primeira fase da operação aconteceu em julho de 2019.

 

As investigações foram iniciadas a partir de representação junto ao MPF, relatando a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB) mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. Dois secretários municipais (Administração e Educação) foram afastados pela Justiça.

 

A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.

 

FAMINTOS 2

 

A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas – que seriam de fachada – e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar. Oito pessoas foram presas.

 

FAMINTOS 3

 

A terceira fase da ‘Operação Famintos’ foi deflagrada no mês de setembro do ano passado, em Campina Grande, pela Polícia Federal. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária e três de busca e apreensão. O objetivo da terceira fase foi dar continuidade às investigações para combater fraudes em licitações, superfaturamento de contratos administrativos, corrupção e organização criminosa.

 

A operação contou com a participação de 20 policiais federais. As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Campina Grande – Assessoria.

 

Carlos Magno

 

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