O MPF (Ministério Público Federal) negou o pedido da defesa
do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para mudar a data da acareação
com o empresário Paulo Marinho. A informação foi divulgada pelo “Jornal
Nacional” nessa 2ª feira (7.set.2020).
A acareação, marcada para 21 de setembro, faz parte do
inquérito que apura o suposto vazamento da operação Furna da Onça. Marinho
disse que Flávio foi informado que a PF (Polícia Federal) iria deflagrar uma
operação que atingira seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro).
Deflagrada em 2018, a Furna da Onça apura esquema de
corrupção na Alerj. Foi no âmbito da investigação que o Coaf (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras) elaborou o relatório que aponta
movimentação financeira suspeita de Fabrício Queiroz quando ele atuava como
assessor de Flávio, então deputado estadual. A PF começou, então, a apurar 1
suposto esquema de rachadinha na Alerj.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Marinho, que é suplente
de Flávio no Senado, afirmou que participou de uma reunião com o senador em
dezembro de 2018. No encontro, Flávio teria dito que 1 delegado da PF vazou
informações da operação. Os policiais também teriam “segurado a operação” para
que ela não fosse feita antes do 2º turno das eleições de 2018 e pudesse
atrapalhar a candidatura de Jair Bolsonaro. O senador é o filho mais velho do
presidente.
Flávio confirmou a reunião com Marinho, mas negou que
tivesse recebido informações privilegiadas.
A defesa de Flávio Bolsonaro disse ao “Jornal Nacional” que
o senador não vai comparecer na data marcada porque, por lei, congressistas
podem marcar dia, hora e local para seus depoimentos. Ainda, a defesa vai
questionar a atuação do procurador na investigação – Poder 360.
Carlos Magno
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