Os casos de Covid-19 voltaram a avançar na Europa. Depois de
ver o número diário de infectados cair a menos de 200 em meados de junho, a
Espanha voltou a registrar avanços consideráveis na disseminação do novo
coronavírus. A média geral dos últimos sete dias está em 10.493 novos casos. Na
Itália, onde o contágio arrefeceu bruscamente em julho, a tendência também
voltou a ser de alta. Com a segunda onda da pandemia, os países começaram a
impor medidas para restringir o horário de funcionamento do comércio, bares e
restaurantes.
Na Espanha, cerca de 4,8 milhões de moradores da capital
Madri estão com mobilidade reduzida desde a última sexta-feira, 2. O governo
local impôs uma nova quarentena parcial de 14 dias para tentar tomar as rédeas
da situação. Caso o número de infectados continue avançando, as medidas
restritivas podem ser expandidas, sobretudo para outras cidades. Restaurantes e
bares na Região Metropolitana de Madri podem funcionar somente até as 23h e
foram obrigados a reduzir sua quantidade de clientes pela metade. Academias e
comércio também tiveram de reduzir sua capacidade operacional. Além disso, as
autoridades aconselharam os moradores a não se deslocarem, a menos que seja
sumariamente necessário.
Epicentro da doença em abril, a Itália deve impor medidas
mais duras na próxima terça-feira, dia 6, quando o governo se reunirá para
propor novas recomendações. Em entrevista à emissora estatal RAI, o ministro da
Saúde, Roberto Speranza, disse que, apesar dos números ainda serem controlados
em relação aos países vizinhos, “a batalha ainda não acabou”. “Estamos em uma
fase de crescimento significativo no número de casos e espero que o país
encontre espírito de unidade”, disse ele.
Dentre as medidas em estudo, o governo deve tornar
obrigatório o uso de máscaras ao ar livre em todo o país e reintroduzir
restrições às reuniões sociais. Para ajudar a garantir que as regras de
distanciamento social sejam respeitadas, o Ministério do Interior estuda enviar
soldados para regiões mais críticas no país. A doença tem acometido sobretudo
os moradores do Sul. Em Nápoles, por exemplo, o número de novos casos voltou a
ultrapassar 400 por dia.
Outras nações que estão em estado de alerta são França e
Bélgica. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que a região
terá pela frente um “inverno difícil” para conseguir conter uma nova onda da
enfermidade. Ele aceitou, ainda, que o público esteja irritado com sua atuação
nos últimos meses. Antes de ser infectado e passar dias internados em uma
unidade de terapia intensiva (UTI), Johnson era um dos líderes mundiais que
menosprezavam o potencial do coronavírus. “Eu sei que as pessoas estão furiosas
comigo”, disse ele, neste domingo, em entrevista à BBC. “Teremos um período
turbulento até o Natal, que pode se estender ao próximo ano”, admitiu. Há duas
semanas, o governo britânico anunciou restrições para o funcionamento de pubs,
bares e restaurantes. Ao todo, mais de 480.000 pessoas contraíram a doença no
país – Veja.
Carlos Magno
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