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06/10/2020

Quadrilha lucrou mais de R$ 10 milhões com venda de cirurgias bariátricas feitas pelo SUS; veja como funcionava o esquema


A Polícia Civil cumpre 14 mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão em uma operação contra uma quadrilha suspeita de envolvimento na venda de cirurgias bariátricas, realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

 

De acordo com as investigações, os suspeitos lucraram mais de R$ 10 milhões com a venda dos procedimentos.

 

Em nota, o Hospital Angelina Caron disse que não realiza qualquer tipo de cobrança de paciente para os procedimentos feitos pelo SUS. Veja a íntegra da nota no fim da reportagem.



 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que lamenta que práticas irregulares e distorcidas no atendimento do sistema público de saúde ainda aconteçam e que vai colaborar no esclarecimento dos fatos.

 

A Sesa disse ainda que abriu procedimento interno para apurar possíveis ilegalidades e que se for comprovada qualquer irregularidade, os envolvidos sejam responsabilizados.

 

Entre os alvos de prisão, segundo a Polícia Civil, estão um funcionário público da 2ª Regional de Saúde, no Paraná, e um vereador de Taquarituba.

 

Como funcionava o esquema

 

Conforme as investigações, o grupo criminoso entrava em contato com pessoas interessadas pela cirurgia por meio de redes sociais ou indicações. Os pacientes, muitas vezes, estavam aguardando há anos na fila para serem operados pelo SUS e acabavam aceitando pagar até R$ 3 mil pelas cirurgias, que deveriam ser gratuitas, ainda conforme a Polícia Civil.

 

As investigações apontam ainda que a quadrilha conseguiria receber em duplicidade os valores pagos pelo SUS ao hospital pelas bariátricas.

 

Os suspeitos são investigados por organização criminosa, extorsão, falsidade ideológica, uso de documento falso e concussão.

 

Veja a íntegra da nota do Hospital Angelina Caron

 

O Hospital Angelina Caron (HAC) esclarece que não realiza qualquer tipo de cobrança de paciente para os procedimentos feitos pelo SUS, nem se beneficia direta ou indiretamente de algum esquema fraudulento.

 

As denúncias acerca desse tipo de fraude têm recebido a atenção do HAC, que também é vítima de eventuais ilegalidades praticadas por pessoas que prometam agilizar o atendimento mediante pagamento, enganando e aproveitando-se de pacientes.

 

O hospital realizou dois boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia de Campina Grande do Sul, em maio de 2019 e em janeiro de 2020, sobre denúncias recebidas acerca de cobrança e privilégio de atendimento em caso de paciente candidato a cirurgia bariátrica. O hospital está e sempre esteve à disposição das autoridades, não tendo recebido qualquer notificação em processo aberto para apurar práticas ilegais que envolvam seus colaboradores – G1.

 

Carlos Magno

 

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