Adeline Fagan é o nome de uma das profissionais de saúde
que, nos Estados Unidos, já perderam a vida devido ao novo coronavírus. Aos 28
anos, e com histórico de asma e pneumonia, a jovem não resistiu à Covid-19 após
uma luta de dois meses. A família conta que ela usou a "mesma máscara
durante semanas, senão meses". Havia escassez no hospital.
Natural de Syracuse, em Nova Iorque, desde cedo Adeline
percebeu que queria ser médica. Estava começando o seu segundo ano como
residente de Ginecologia e Obstetrícia no Houston Healthcare West, no estado
norte-americano do Texas, avança o The Guardian.
A Covid-19 levou-a para a linha da frente no combate à
pandemia e, em julho, após um turno de 12 horas, começou a sentir os primeiros
sintomas da doença, é explicado numa página de angariação de fundos criada para
ajudar a pagar os tratamentos da jovem médica. Semanas depois, os sintomas
agravaram-se e Adeline precisou ser internada.
No dia 15 de setembro, os pais fizeram uma das últimas visitas: "Penso que não
estávamos preparados para o que vimos, pessoalmente, quando entramos no quarto.
A Adeline tentava responder, mexer a cabeça ou dizer uma ou duas palavras. Mas
o seu olhar estava vidrado e não tínhamos a certeza se ela realmente ali
estava", explicou Brant, o pai. No dia 19 do mesmo mês, Adeline morreu.
Já a irmã, Maureen, contou à mesma publicação que
"Adeline tinha uma máscara N95 com o seu nome escrito. Usou a mesma
durante semanas e semanas, senão meses e meses". O The Guardian recorda
ainda que o Center for Disease Control and Prevention (CDC) refere que esta
máscara deve ser, no máximo, reutilizada cinco vezes.
Apesar de não se saber como Adeline contraiu o vírus - ou se
as diversas utilizações do mesmo equipamento de proteção desempenhou algum
papel neste desfecho - Maureen apontou ainda que havia escassez de máscaras na
unidade hospitalar onde a irmã exercia.
O The Guardian aponta, num estudo em parceria com a Kaiser Health
News, que Adeline é uma dos 250 profissionais de saúde que morreram nas zonas
sul e oeste dos Estados Unidos devido à pandemia – MSN Notícias.
Carlos Magno
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