O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
interditou nesta terça-feira (17) a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal
do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande. Três
crianças morreram nas últimas 24 horas e a unidade deve deixar de funcionar a
partir da meia-noite.
Segundo o CRM-PB, essas três crianças morreram com suspeita
de infecção por uma bactéria de alta resistência, que é denominada de Pseudo
Monaka PC. Não foi informado de onde essas crianças são, apenas que elas
morreram nas últimas 24 horas, no ISEA. A informação é de que a superlotação e
o excesso de fluxo de pacientes no local acabam comprometendo o tratamento
adequado e favorecendo a infecção por essa bactéria.
O ISEA é referência para vários municípios da região de Campina
Grande, inclusive para pacientes de alto risco que, segundo o próprio conselho,
faz com que haja essa superlotação no local. A partir da meia noite não poderão
ser admitidos novos pacientes na UTI neonatal. Isso quer dizer que os pacientes
que já estão lá serão encaminhados para outros leitos de hospitais pactuados
com a prefeitura.
Romero preocupado com
2022
Enquanto isso, circulou na imprensa informação confirmada
pela própria assessoria do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD),
de que o mesmo estava desde ontem (17) em João Pessoa, articulando sua provável
pré-candidatura a governador em 2022, junto com o ex-senador Cássio Cunha Lima
(PSDB) e o pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Nilvan Ferreira (MDB).
Veja a nota do
CRM-PB:
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
interditou eticamente os médicos que trabalham na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) Neonatal do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina
Grande. Conforme o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, que
realizou vistoria nesta terça (17), a unidade não tem condições de receber
novos pacientes por haver um surto de infecção bacteriana de alta resistência,
que ocasionou três óbitos de bebês em 24 horas.
Conforme foi denunciado por médicos do hospital e comprovado
pela equipe de fiscalização do CRM-PB, o Isea sofre com superlotação constante,
sucateamento e falta de equipamentos que permitem que haja adequada
desinfecção, além da falta de profissionais.
“Infelizmente, a UTI Neonatal não pode continuar funcionando
desta forma e não tem condição alguma de continuar admitindo novos
recém-nascidos”, afirmou João Alberto Pessoa – Assessoria.
Carlos Magno
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