De 2013 para cá, o Brasil registou um salto no consumo de
bebidas alcoólicas, sobretudo entre as mulheres. O tabagismo, no entanto,
recuou. É o que mostra a quarta etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de
2019, publicada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, 26,4% da população com 18 anos
ou mais costumava consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana em 2019.
Em 2013, esse percentual era de 23,9%. A pesquisa foi realizada no segundo
semestre de 2019, quando foi entrevistado pelo menos um morador com mais de 18
anos em 108 mil domicílios do país.
Desagregando o dado por sexo, o IBGE identificou que esse
hábito prevalecia entre 37,1% dos homens, taxa que cai para 17% entre mulheres.
Apesar da diferença, a edição anterior da PNS, de 2013, identificou que esse
percentual era de apenas 12,9% para o público feminino.
"Embora o consumo de bebida alcóolica tenha aumentado
em linha e ainda seja muito menor no caso das mulheres, o avanço desse hábito
entre elas foi maior. Foi isso que puxou o número geral", explica o
analista do IBGE Gustavo Fontes.
No caso do álcool, o especialista destaca, ainda, o fato de
ser bem mais difundido entre as pessoas com maior nível de escolaridade, o que
contraria a correlação entre informação e hábitos saudáveis. De fato, segundo o
IBGE, 36% daqueles com ensino superior completo consomem bebida alcoólica uma
vez ou mais por semana, percentual que cai a cada grau de instrução menor, até
chegar a 19% para o público sem nenhuma instrução, ou ensino fundamental
incompleto.
O IBGE também apurou que 17,1% das pessoas tinham praticado
consumo abusivo de álcool nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa e
parcela parecida, 17% havia dirigido logo depois de beber nos 12 meses antes
anteriores à abordagem do instituto.
Em trajetória diferente, o tabagismo caiu no Brasil. Segundo
o IBGE, em 2019, cerca de 20,4 milhões de brasileiros, 12,8% da população com
18 anos ou mais, eram usuárias de produtos derivados de tabaco. Em 2013, esse
percentual era de 14,9%.
No ano passado, 16,2% dos homens fumavam, ao passo que, entre
as mulheres, esse número cai para 9,8%. Em 2013, esses percentuais foram de
19,1% e 11,2% respectivamente.
Para o tabaco prevaleceu a correlação entre nível de
instrução e grau de consumo: só 7,1% dos mais instruídos fumavam em 2019,
enquanto entre a faixa menos instruída, essa parcela chegou a 17,6%.
Para Fontes, a queda generalizada nos percentuais do
tabagismo no Brasil reflete o acúmulo e sucesso de políticas públicas como
propaganda antitabaco e restrição ao fumo em locais fechados – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas