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24/11/2020

Tortura Física e Psicológica: Forçada a comer vidro, mulher pula de carro em movimento para fugir do marido


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu inquérito para apurar a tortura física e psicológica de uma mulher de 37 anos pelo marido, um policial militar de 41. O crime ocorreu em Montes Claros, na Região Norte do estado.

 

A vítima relatou aos policiais que pulou de um carro em movimento para fugir do homem após uma sessão brutal de agressões, que incluiria ingestão de cacos de vidro, pisoteamento, murros e cortes pelo corpo. A violência teria sido motivada por ciúme.



Policial reformado foi preso por torturar a companheira em Montes Claros — Foto: Paula Alves/Inter TV Grande Minas

 

Segundo o boletim de ocorrência registrado na PM, os ataques tiveram início no fim da manhã de sábado (21), quando o agressor foi buscar a esposa no trabalho dela em Cabeceiras, Zona Rural de Montes Claros. A mulher relata que, ainda dentro de carro, levou murros e teve a cabeça socada contra a janela pelo policial, que acreditava ter sido traído e queria que ela confessasse o nome do amante.

 

Levada a um matagal em Cabeceiras, a vítima foi torturada por mais de uma hora pelo PM. Em depoimento concedido na Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Montes Claros, ela contou que foi obrigada a inserir cacos de vidro na boca, teve as roupas e as solas dos pés cortadas com pedaços de cerâmica, foi pisoteada, teve os cabelos puxados e levou vários golpes com um osso de boi.

 

Fuga

 

O suspeito então obrigou a esposa entrar no carro e dirigiu rumo a cidade. Quando ele passou em frente ao Hospital Aroldo Tourinho, na Vila São Mateus, ela conseguiu pular do carro em movimento e correu em direção ao estabelecimento, onde pediu ajuda.

Fragilizada, a vítima desmaiou. Os médicos e, posteriormente, o Instituto Médico Legal, constataram lesões graves no corpo dela, que foi medicada, submetida a exames e já foi liberada. Ela solictou uma medida protetiva contra o companheiro que, segundo a PCMG, a espancava desde 2012.

 

O agressor foi preso na casa da mãe dele. Segundo a PM, ele resistiu à prisão e chegou machucar um dos policiais mobilizados para capturá-lo – EM.

 

Carlos Magno

 

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