Uma médica brasileira se infectou duas vezes com covid-19
com um intervalo de quase quatro meses entre os dois diagnósticos, constituindo
o primeiro caso de reinfecção do vírus no país, informaram fontes oficiais
nesta quinta-feira (10).
"As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção
pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que
identificou duas linhagens distintas", afirmou o ministério da Saúde,
acrescentando que se trata de uma profissional da saúde de 37 anos que circula
entre os estados nordestinos da Paraíba e Rio Grande do Norte.
"Ela teve a doença em junho, se curou, e teve resultado
positivo novamente em outubro - 116 dias depois do primeiro diagnóstico",
acrescenta o comunicado.
A secretaria da Saúde do Rio Grande do Norte confirmou que
se trata de uma médica.
O ministério especificou que em setembro, entre os dois
diagnósticos, a paciente fez outro teste RT-PCR que não registrou o vírus.
"Ela não teve uma doença mais grave no segundo episódio,
o primeiro também não foi grave", explicou o infectologista do Rio Grande
do Norte, André Prudente, ao canal de notícias GloboNews.
Prudente informou que a médica teve em ambos os episódios
"sintomas leves" como dor de cabeça, no corpo, perda do olfato e
paladar, e que "se recuperou bem, agora está 100% recuperada".
Embora seja o primeiro caso confirmado no Brasil, as
autoridades regionais de saúde confirmaram que outros casos de reinfecção estão
em análise.
Outros países confirmaram casos de segundos contágios,
impulsionando o debate sobre a imunidade ao coronavírus.
O Ministério da Saúde reforçou a necessidade do uso contínuo
de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel.
O Brasil é o segundo país com mais mortes pelo coronavírus
no mundo e enfrenta um aumento da pandemia.
Com 212 milhões de habitantes, totaliza 6,7 milhões de casos
e quase 179.000 mortos. Mais de 100.000 casos e 1.600 mortes foram registradas
nas últimas 48 horas.
Em meio ao avanço da pandemia, questões como as medidas de
distanciamento social e o desenvolvimento de um programa de vacinação geraram
resistência social e disputas políticas entre o governo federal e as
autoridades regionais – AFP.
Carlos Magno
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