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11/12/2020

Chefe de controle de doenças da África pede a países ricos que dividam sobra de vacinas contra Covid-19


Países que encomendaram mais vacinas contra Covid-19 do que precisam deveriam cogitar distribuir as doses em excesso na África, disse o chefe da entidade de controle de doenças do continente nesta quinta-feira.

 

Agora que os países africanos começam a sentir os efeitos de uma segunda onda da pandemia de coronavírus, John Nkengasong, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC), disse que dificilmente o continente obterá vacinas suficientes.



 

Muitos Estados africanos estão contando com a Covax, uma plano global de alocação de vacinas contra Covid-19 coliderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que está trabalhando para abaixar os preços e desestimular o acúmulo.

 

"Alguns países têm algo como três a quatro, cinco vezes mais do que precisam", disse Nkengasong em uma entrevista coletiva, acrescentando que estes podem ajudar países mais pobres a iniciarem programas de vacinação para proteger seus cidadãos.

 

Ele não mencionou nenhum Estado.

 

A OMS pediu diversas vezes que governos tornem uma vacina de proteção da Covid-19 um "bem público".

 

O Reino Unido se tornou a primeira nação ocidental a iniciar uma vacinação em massa de sua população contra a Covid-19, e outros países, como Canadá e Estados Unidos, também podem fazer o mesmo nas próximas semanas.

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) deveria convocar uma sessão especial para debater maneiras de garantir distribuição e acesso igualitários a vacinas, sugeriu Nkengasong.

 

O CDC africano, uma propriedade da União Africana, está trabalhando com o Afreximbank e o Banco Mundial para descobrir como arrecadar fundos para a aquisição das vacinas necessárias para o continente.

 

Em outubro, Nkengasong disse que o Afreximbank está disposto a arrecadar até 5 bilhões de dólares para comprar vacinas contra Covid-19.

 

Os casos e as mortes estão aumentando na África, alertou Nkengasong, acrescentando que é preciso mais vigilância, particularmente o uso de máscaras e o distanciamento social, agora que as festas de fim de ano estão se aproximando.

 

"A segunda onda está aqui", disse – Reuters.

 

Carlos Magno

 

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