O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as clínicas
privadas poderão importar vacinas contra a covid-19 só depois que a demanda do
SUS (Sistema Único de Saúde) for atendida.
“Sim [rede privada poderá comprar], autorizado por nós, a
partir do momento em que a gente já tenha cumprido o que a gente precisa
receber. Claro que precisa comprar também no privado, mas com prioridade para o
SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos”, afirmou
o ministro em sessão de debates no Senado Federal nesta 5ª feira (17.dez.2020).
Pazuello reafirmou que haverá um plano unificado de
vacinação no país. Será um só plano para Estados e municípios, que receberão as
vacinas simultaneamente. O volume que cada um receberá será proporcional ao
tamanho da população nos grupos prioritários para a vacinação.
“É um plano só para um país só. Não haverá separação de
Estado nem município, nem por classe de nada. Todos os brasileiros serão
vacinados igualitariamente e todos os Estados receberão dentro da proporção dos
grupos a vacina simultaneamente para que haja a vacinação grátis para todos os
brasileiros”, declarou.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou
ao Poder360 na 2ª feira (14.dez) que, assim que um imunizante contra a covid-19
estivesse autorizado para o sistema público, ele poderia também ser aplicado
por hospitais e clínicas particulares.
O presidente da ABCvac (Associação Brasileira das Clínicas
de Vacinas), Geraldo Barbosa, disse que foi informado de que a permissão seria simultânea
para a rede particular e o setor público no fim da semana passada.
A pasta disse aos senadores que trabalha com 3 laboratórios
de forma mais avançada, mas que não rejeitará nenhuma vacina que possa ser
produzida no Brasil ou importada de outros países. São eles:
AstraZeneca/Fiocruz, Sinovac/Butantan e Pfizer/BionTech.
“Nós estamos falando de 500 mil doses da Pfizer em janeiro,
9 milhões de doses do Butantan em janeiro, e 15 milhões de doses da AstraZeneca
em janeiro. A data exata é o mês de janeiro!”
Em que dia de janeiro seria possível iniciar o plano de
vacinação ainda depende, entretanto, do acompanhamento diário da evolução das
vacinas e das liberações pela Anvisa.
“Vamos ter 24,7 milhões de doses em janeiro. Janeiro é daqui
a 30 dias –o meio de janeiro, eu quero dizer. Quando eu falo de meio de
janeiro, para ser um ponto de corte, é daqui a 30 dias. Não são 6 meses”,
disse.
“Para fevereiro, repete-se a Pfizer, aumenta-se o Butantan
para 22 milhões e mantém-se a AstraZeneca com 15,2 milhões. Vai para 37,7
milhões de doses. Em março, outras 31 milhões de doses; a partir daí,
equilibra-se o número.”
O ministério, entretanto, segundo apurou o Poder360, não
teria certeza sobre quais e quantas doses de vacinas o Brasil terá nos meses de
janeiro e fevereiro de 2021. Considerando as doses já adquiridas em contrato, a
data mais próxima estipulada pelo governo seria até o início do 2º semestre de
2021 (sem especificar o mês exato) – Poder 360.
Carlos Magno
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