A farmacêutica norte-americana Pfizer afirmou nesta
segunda-feira (22) que não aceita as condições apresentadas pelo governo de
Jair Bolsonaro para vender sua vacina contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 ao
Brasil.
A declaração foi dada durante reunião entre a empresa, o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP). A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha
de S. Paulo.
Entre as negociações está o fato de que a Pfizer quer que o
Ministério da Saúde se responsabilize por eventuais demandas judiciais
decorrentes de efeitos adversos do imunizante, a partir do momento que o uso
emergencial e temporário seja concedido pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Outro ponto de discórdia diz respeito à decisão da empresa
de pedir que qualquer litígio com o governo brasileiro seja debatido e
resolvido na Câmara Arbitral de Nova York.
Ainda de acordo com a reportagem, a Pfizer defende também
que o governo Bolsonaro renuncie à soberania de seus ativos no exterior como
garantia de pagamento e constitua um fundo com valores depositados em uma conta
no estrangeiro.
Até agora, apenas o Brasil, Argentina e Venezuela recusaram
as condições da farmacêutica.
Esse impasse está se arrastando há meses, tendo em vista que
o primeiro contato ocorreu em junho de 2020. No entanto, as negociações não
evoluíram e o próprio presidente Bolsonaro chegou a criticar os termos do
contrato de aquisição das vacinas anti-Covid da Pfizer.
No último domingo (21), inclusive, o Ministério da Saúde
revelou ter pedido orientação ao Palácio do Planalto sobre como proceder para
solucionar o empecilho com a Pfizer – ANSA.
Carlos Magno
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