Em visita ao Estado do Paraná nesta quinta-feira, 4, o
ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou, sem apresentar a fonte da
informação, que o Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo, com 17
milhões de pessoas imunizadas desde o início da vacinação.
“O Brasil ofereceu até agora 17 milhões de doses. Somos o
quinto país no mundo em quantidade total de pessoas vacinadas. Para que os
senhores compreendam a diferença, a Argentina ofereceu 320 mil doses para sua
população”, disse em Cascavel, no Oeste do Estado, e onde desde sábado 100% dos
leitos UTIs estão ocupados.
Segundo dados do consórcio da imprensa, porém, o Brasil tem
7,6 milhões de vacinados com a primeira dose e 2,4 milhões de vacinados com a
segunda - o que totaliza 9,8 milhões de doses já aplicadas na população. O
número de 17 milhões se refere à quantidade de doses distribuídas e não às
doses já efetivamente aplicadas. Na Argentina, 1 milhão de pessoas já foram
vacinadas, segundo o governo argentino.
O Brasil é o quinto país com o maior número de doses já
aplicadas na população, em números absolutos - mas está muito atrás no ranking
que considera a taxa de vacinados em relação ao total da população. Por essa
análise relativa, o Chile e vários países da Europa estão à frente do Brasil.
Até esta quinta, só 3,62% da população havia recebido a primeira dose.
O ministro disse que, a partir de abril, com as duas
fábricas nacionais produzindo vacinas, será possível ao País ter acesso a cerca
de 30 milhões de doses por mês, além das vacinas que serão importadas. Afirmou
ainda que com isso espera que toda a população seja vacinada até o fim do ano,
para que então a covid-19 tenha a situação amenizada, apesar de ainda termos de
conviver com ela por muito tempo.
“Para abril vamos estar com as duas fábricas operacionais
estabilizadas, com números de 30 a 32 milhões de doses por mês. Não estou
falando da Covaxin indiana que foram compradas, nem da Covax que também foi
comprada e nem da Pfizer, que ontem já foi publicada em Diário Oficial a
licitação para compra. Tudo isso é importado, que também somam. O que mais
interessa para nós é a fabricação nacional. É ela que nos dará a capacidade de
vacinar o povo brasileiro em 2021”, disse o ministro.
Pazuello afirmou que todos os brasileiros que quiserem se
vacinar terão acesso ainda este ano: “Até a metade do ano a nossa programação é
vacinar metade do efetivo vacinável do País, e até o fim do ano todos os
cidadãos brasileiros que quiserem ser vacinados e que puderem ser vacinados
serão vacinados”.
Em Cascavel, Pazuello encontrou o sistema de saúde em
colapso, reflexo de todo o Paraná. Apenas na região oeste do Estado, que conta
com 21 hospitais em 17 cidades para atender uma população de mais de dois
milhões de pessoas, a taxa de ocupação regional chegou a 99,56%, com 109
pessoas precisando de UTI e apenas cinco vagas disponíveis – Estadão.
Carlos Magno
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