O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros
(PP-PR), disse nesta quarta-feira (17), em entrevista à GloboNews que a
situação do país "é até confortável", ao comentar a quantidade de
vacinados e o número de mortes por milhão de habitantes no Brasil por Covid.
O Brasil registrou nesta terça (16) um novo recorde negativo
com 2.798 mortos pela Covid em 24 horas e totalizou 282.400 mortes desde o
início da pandemia. Desde que a pandemia começou, o país já registrou
11.609.601 casos de infecção pelo coronavírus, 84.124 confirmados na terça.
Segundo a Fiocruz, o país passa pelo maior colapso hospitalar da história.
"Olhe bem a estatística, mortes por milhão, ou seja, o
cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por
milhão], em 4º lugar; Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º; Brasil, 1.300
mortes por milhão, em 22º lugar", afirmou Barros.
"Então, nosso sistema de saúde responde. Está melhor no
tratamento às pessoas que a maioria dos países de primeiro mundo que estão na
nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o quinto do mundo em número
de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil
vacinados e 11 milhões e 600 mil que já pegaram Covid e estão imunes. Então, a
nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma
situação até confortável", completou o deputado.
Para especialistas, a relação de mortes por milhão de
habitantes não é o parâmetro ideal para avaliar o andamento da pandemia. Eles
afirmam que devem ser considerados outros fatores, como o estágio da doença, o
tamanho e o perfil etário da população e o nível de testagem. De acordo com um
levantamento do projeto "Our World in Data", ligado à Universidade de
Oxford, o Brasil tem 1.327,28 mortes/milhão, o 23º pior índice entre todos os
países.
Também de acordo com o levantamento, o Brasil ocupa a 11ª
posição em número absoluto de vacinados e a 89ª se levado em consideração o
percentual da população que já foi vacinada. Até o momento, 4,91% da população
brasileira tomou a primeira dose da vacina e 1,79% está imunizada com duas
doses.
O ritmo da vacinação no país é considerado lento por
especialistas. Se o ritmo atual for mantido, a Fiocruz prevê dois anos e meio
para imunizar todos os brasileiros com mais de 18 anos; e só com a primeira
dose. Em várias cidades importantes, a vacinação tem sido interrompida por
falta de doses.
O Brasil já possui casos confirmados de reinfecção pela
Covid-19 desde dezembro de 2020. Por isso, ter contraído a doença, como o
deputado se referiu, não é sinônimo de estar imune. Casos de reinfecção da nova
variante que circula no país também já foram registrados.
Novo ministro
Na entrevista, Barros falou ainda sobre o novo ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, que já foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro
como o sucessor do atual ministro, Eduardo Pazuello.
Queiroga e Pazuello já iniciaram uma transição no comando da
pasta. Barros disse que a prioridade deve ser a aceleração da vacinação e o
adiantamento da entrega de doses já contratadas.
"Tenho a absoluta convicção que ele cumprirá sua
missão, senão não teria assumido o ministério. Ele sabe o que deve ser feito e
tem o comando do governo central, mas sabe que a tarefa é acelerar a vacinação,
negociar adiantamento da entrega de doses e trazer novos fornecedores. E com
isso nós podemos avançar", afirmou o deputado – G1.
Carlos Magno
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