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18/03/2021

Covid-19: Líder do Governo Bolsonaro cita vacinados e mortes por milhão e diz que situação do país é “até confortável”


O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse nesta quarta-feira (17), em entrevista à GloboNews que a situação do país "é até confortável", ao comentar a quantidade de vacinados e o número de mortes por milhão de habitantes no Brasil por Covid.

 

O Brasil registrou nesta terça (16) um novo recorde negativo com 2.798 mortos pela Covid em 24 horas e totalizou 282.400 mortes desde o início da pandemia. Desde que a pandemia começou, o país já registrou 11.609.601 casos de infecção pelo coronavírus, 84.124 confirmados na terça. Segundo a Fiocruz, o país passa pelo maior colapso hospitalar da história.



 

"Olhe bem a estatística, mortes por milhão, ou seja, o cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por milhão], em 4º lugar; Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º; Brasil, 1.300 mortes por milhão, em 22º lugar", afirmou Barros.

 

"Então, nosso sistema de saúde responde. Está melhor no tratamento às pessoas que a maioria dos países de primeiro mundo que estão na nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o quinto do mundo em número de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil vacinados e 11 milhões e 600 mil que já pegaram Covid e estão imunes. Então, a nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma situação até confortável", completou o deputado.

Para especialistas, a relação de mortes por milhão de habitantes não é o parâmetro ideal para avaliar o andamento da pandemia. Eles afirmam que devem ser considerados outros fatores, como o estágio da doença, o tamanho e o perfil etário da população e o nível de testagem. De acordo com um levantamento do projeto "Our World in Data", ligado à Universidade de Oxford, o Brasil tem 1.327,28 mortes/milhão, o 23º pior índice entre todos os países.

 

Também de acordo com o levantamento, o Brasil ocupa a 11ª posição em número absoluto de vacinados e a 89ª se levado em consideração o percentual da população que já foi vacinada. Até o momento, 4,91% da população brasileira tomou a primeira dose da vacina e 1,79% está imunizada com duas doses.

 

O ritmo da vacinação no país é considerado lento por especialistas. Se o ritmo atual for mantido, a Fiocruz prevê dois anos e meio para imunizar todos os brasileiros com mais de 18 anos; e só com a primeira dose. Em várias cidades importantes, a vacinação tem sido interrompida por falta de doses.

 

O Brasil já possui casos confirmados de reinfecção pela Covid-19 desde dezembro de 2020. Por isso, ter contraído a doença, como o deputado se referiu, não é sinônimo de estar imune. Casos de reinfecção da nova variante que circula no país também já foram registrados.

 

Novo ministro

 

Na entrevista, Barros falou ainda sobre o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que já foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como o sucessor do atual ministro, Eduardo Pazuello.

 

Queiroga e Pazuello já iniciaram uma transição no comando da pasta. Barros disse que a prioridade deve ser a aceleração da vacinação e o adiantamento da entrega de doses já contratadas.

 

"Tenho a absoluta convicção que ele cumprirá sua missão, senão não teria assumido o ministério. Ele sabe o que deve ser feito e tem o comando do governo central, mas sabe que a tarefa é acelerar a vacinação, negociar adiantamento da entrega de doses e trazer novos fornecedores. E com isso nós podemos avançar", afirmou o deputado – G1.

 

Carlos Magno

 

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