O Ministério da Saúde reduziu a previsão de vacinas contra a
Covid-19 que serão entregues pelos fabricantes no próximo mês, de acordo com
novo cronograma disponível na plataforma "Localiza SUS".
O governo previa na versão anterior do documento, de 15 de
março, que seriam repassadas 57.179.258 doses até 30 de abril. Agora, em
arquivo de 19 de março, a previsão caiu para 47.329.258.
Com a mudança, o ministério indica que o Brasil receberá
9,85 milhões de doses a menos no próximo mês.
O que muda na
previsão:
- Retirada da previsão de 1 milhão de doses da Pfizer para
até 30 de abril
- Redução de 8,85 milhões de doses da vacina de Oxford
produzidas
O governo continuou com a previsão total de entrega de
38.097.600 para março, com prazo até a quarta-feira (31), daqui a uma semana.
Entre essas doses, 8 milhões são da vacina da Bharat Biotech, a Covaxin, que
ainda não apresentou pedido de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. O prazo está bastante apertado, já que a reguladora exige 10 dias
para a avaliação dos documentos.
Para maio, o novo cronograma também apresenta uma redução de
690 mil doses. Enquanto a previsão de entrega feita pela Fiocruz passa de 25
milhões para 26.810.000 - 1.810.000 doses a mais -, as 2,5 milhões de doses
previstas para a Pfizer foram retiradas e não estão mais datadas.
Aliás, no novo documento, a vacina da farmacêutica americana
não tem um mês específico para a entrega: são 13.518.180 para o primeiro
semestre e, no segundo, mais 86.482.890. Outro imunizante dos Estados Unidos, o
da Moderna, ainda consta como "em tratativas". Se o acordo for
fechado, segundo o ministério, o país terá mais 13 milhões de doses até
dezembro de 2021.
Vacinação lenta
O governo federal anunciou que fechou acordos para a
distribuição das vacinas AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Covaxin, Sputnik,
Pfizer e Johnson & Johnson. No entanto, até o momento, o país distribuiu
quase 30 milhões de doses apenas das duas primeiras, sendo que Covaxin e
Sputnik não foram sequer aprovadas pela Anvisa.
Entre essas doses enviadas aos estados, foram aplicadas 14,9
milhões. De acordo com o próprio Localiza SUS, do Ministério da Saúde, pouco
mais de 11,3 milhões de brasileiros receberam a primeira dose e 3,7 milhões as
duas aplicações dos imunizantes.
Segundo especialistas, o ritmo é baixo. Em comparação com
outros países, por exemplo, o Brasil está muito atrás na taxa de pessoas
vacinadas por 100 mil habitantes. O índice do país é de 6,64, atrás do Chile
(45,65), Estados Unidos (37,83), Reino Unido (44,69), Uruguai (9,91) e
Argentina (6,95), entre outros – G1.
Carlos Magno
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