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31/03/2021

Estagiária de enfermagem morre aos 24 anos de Covid-19; namorado diz que quadro clínico piorou repentinamente


Natália Moraes Rodrigues, de 24 anos, não resistiu às complicações causada pela Covid-19 e morreu no último sábado (27) em Sorocaba, no interior paulista.

 

A jovem trabalhava como estagiária de enfermagem no Hospital Adib Jatene. De acordo com o namorado da vítima, ela chegou a ter uma melhora e evoluir positivamente, mas de forma repentina seu quadro piorou.

 

Aaron Fabrício Pacheco da Silva, também de 24 anos, contou ao UOL que a jovem tinha recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Como somente a primeira dose do imunizante não é suficiente, Natália começou a sentir os primeiros sintomas no último dia 3 de março. Apenas uma semana depois ela precisou ser internada.



 

“A saturação dela estava baixa e ela estava com muita dificuldade de respirar. Ela precisou ser internada na enfermaria onde ficou no oxigênio por uma semana”, lembra o namorado.

 

Natália chegou a ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ficou entubada por 15 dias, além de sofrer duas paradas cardiorrespiratórias.

 

“Antes dela ser intubada a gente estava conversando pelo Whatsapp. Naquele dia ela comentou que teve uma crise de ansiedade, mas foi se acalmando. Em seguida ela disse que ia dormir e me desejou boa noite. Foi a última mensagem que trocamos”, contou Aaron.

 

“Quando ela foi para a UTI os pulmões estavam bastante comprometidos e ela precisava 100% de oxigênio. Com o passar dos dias ela foi melhorando e reduzindo a necessidade do oxigênio, até que no dia 25 ela estava respirando apenas 30% com o auxílio do tubo, já estava sendo preparada para extubar”, detalhou o namorado.

 

Um dia antes de morrer, Natália passou por exames para detectar qualquer tipo de sequela em razão das paradas cardiorrespiratórias. No dia seguinte, o quadro da jovem evoluiu para um caso mais grave e ela não resistiu.

 

“Essa doença é traiçoeira, ao mesmo tempo que o paciente começa a melhorar, logo ela vem e ataca novamente. Quando soube que a Natália não resistiu, meu mundo acabou”, afirma o rapaz.

 

Juntos há dois anos, Fabrício lamentou a perda da companheira e fez questão de lembrar que enquanto os profissionais da saúde lutam para salvar vidas, outras pessoas não respeitam as restrições tampouco o isolamento social.

 

“Ela foi a mulher que mais amei na minha vida. Era uma pessoa perfeita, amiga, simpática, estava sempre feliz e com sorriso no rosto”, diz.

 

“Enquanto essas pessoas que estão fazendo de tudo pelos pacientes estão indo embora vemos muita gente fazendo festas clandestinas e participando de comemorações. Enquanto isso quem sofre somos nós”, completou – Istoé.

 

Carlos Magno

 

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