O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 1.º,
que ainda irá decidir se vai se vacinar ou não contra a covid-19. Em
transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro argumentou que já contraiu o
vírus e, por isso, iria decidir sobre sua imunização quando o "último
brasileiro for vacinado". Ainda nesta quinta-feira, 1°, o governador do
Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que a vacinação contra a
covid-19 será ampliada para as pessoas acima de 66 anos, a partir deste sábado,
3. Bolsonaro completou 66 anos no dia 21 de março.
"Está uma discussão agora que eu vou me vacinar ou não
vou vacinar. Eu vou decidir. O que eu acho: eu já contraí o vírus”, comentou em
transmissão ao vivo nas redes sociais hoje. “Eu acho que o que deve acontecer,
depois que o último brasileiro for vacinado, sobrando uma vacina, daí eu vou
decidir se vacino ou não. Esse é um exemplo que um chefe tem que dar", disse.
Em declarações anteriores, Bolsonaro reiterou que não iria
tomar a vacina porque já havia contraído coronavírus. Ele foi diagnosticado com
a doença em julho de 2020. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados
no País, além de novas variantes do vírus. Em mais de uma ocasião, Bolsonaro
também questionou a eficácia e segurança dos imunizantes, sempre destacando que
são de caráter "experimental", mesmo após a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado o uso de imunizações no País.
A alta nas mortes e casos de covid-19 em março, porém, fez o
presidente e o governo ajustarem o discurso quanto à vacinação. O chefe do
Executivo e aliados passaram a defender a imunização para a retomada da
economia. Do alto escalão do governo, foram vacinados os ministros Augusto
Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, de 73 anos, e Paulo Guedes, da
Economia, de 71 anos, além do vice-presidente Hamilton Mourão, que tem 67 anos.
Meta
Bolsonaro prometeu vacinar um milhão de brasileiros por dia
já "nos próximos dias". "Pretendemos ao longo dos próximos dias
aplicar um milhão de doses por dia no Brasil", afirmou. Desde o início da
vacinação no fim de janeiro, foram 17,6 milhões de pessoas vacinadas, 8,32% do
total da população brasileira. Mesmo com o número muito aquém do tamanho da
população, de 211,8 milhões de habitantes, o presidente voltou a repetir que o
País está entre os melhores no ranking da imunização no mundo. "O Brasil
está entre os 10 países em números absolutos em que mais se aplica a vacina",
insistiu – Estadão.
Carlos Magno
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