O principal suspeito de violentar e matar a menina Ana Paula
Soares Marx, de 6 anos, de quem era padrasto, em Unaí, no Noroeste de Minas
Gerais, foi identificado como o mesmo homem que, em 2007, foi condenado por
matar e estuprar a própria mãe, Teresa Lima Ferreira, em São Francisco, no
Norte do estado.
Ele foi preso e encaminhado para o Presídio Regional de
Unaí. De acordo com a legislação, a polícia não divulga nomes de investigados.
Mas a reportagem apurou que o nome do homem condenado pelo crime contra a
própria mãe é o servente de pedreiro João José Lima Ferreira, de 34 anos.
De acordo com fonte de São Francisco, outro autor que teria agido com o servente de
pedreiro no estupro e no assassinato da mãe
foi morto dentro da cadeia da cidade, pouco tempo de ter sido preso.
João José Ferreira também é investigado acusado de outro
crime sexual. O delegado regional de Unaí, João Henrique Furtado, informou que
o homem, durante a saída temporária da prisão, em São Francisco, teria forçado
uma criança de 3 anos a fazer oral nele. A Polícia Civil de Unaí vai solicitar mais
informações sobre o inquérito da suspeita de abuso contra a criança, que
ocorreu em 2013. O corpo da menina Ana
Paula Marx foi encontrado na manhã desse domingo (16/5), no Rio Preto, na zona
rural de Unaí.
A criança estava desaparecida desde quinta-feira (13/5).
Conforme o delegado João Henrique Furtado, a necropsia revelou que, além de
estuprada, a menina foi morta com muita violência, antes de ter o corpo jogado
no rio. No exame pericial foi constatado que ela sofreu espancamento,
rompimento do maxilar, esganadura e afundamento do tórax.
De acordo com as investigações, o suspeito teria praticado o
crime enquanto a mãe de Ana Paula estava internada em um hospital de Unaí, em
trabalho de parto. O casal está junto há cerca de dois anos e já tem um filho de
1 ano e 8 meses. O delegado informou que, em depoimento, o homem negou a
autoria do estupro e da morte da enteada. “Mas as evidências apontam ter sido
ele o autor, tendo em vista o pouco interesse em auxiliar nas buscas pela
vítima, sendo ele a última pessoa que teve contato com a menina, segundo
Furtado”.
A reportagem do Estado de Minas apurou que a violência
praticada contra a criança assassinada causou revolta entre moradores de Unaí.
Por isso, a partir do momento em que o padrasto passou a ser considerado como
principal suspeito, as equipes policiais envolvidas na investigação tiveram que
adotar medidas para impedir qualquer tentativa de linchamento dele.
O suspeito foi monitorado numa chácara na zona rural da
cidade até o momento que a polícia reunisse evidências de que ele realmente cometeu
o crime contra a enteada. As buscas pela menina Ana Paula mobilizou uma grande
operação, com o trabalho por terra, água e pelo ar. A ação envolveu equipes do
Corpo de Bombeiros, um helicóptero e cães farejadores. Os bombeiros mergulharam
por dezenas de horas no Rio Preto, onde o corpo da vítima foi localizado – EM.
Carlos Magno
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