A Polícia Militar de Goiás conduziu o secretário de
Movimentos Populares do diretório do PT no Estado, Arquidones Bites Leão Leite,
à sede da Polícia Federal em Goiânia após o professor se recusar, nesta 2ª
feira (31.mai.2021), a tirar do carro uma faixa com os dizeres “Fora Bolsonaro
genocida”. Segundo a deputada estadual Adriana Accorsi (PT), que acompanhou o
caso na superintendência, os agentes tentaram enquadrá-lo na LSN (Lei de
Segurança Nacional), mas Bites acabou liberado sem qualquer autuação.
A abordagem ocorreu no município de Trindade (GO), na região
metropolitana de Goiânia, onde mora o professor. Seu carro estava estacionado
na rua, com a faixa que Bites havia levado à manifestação local contra o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último sábado (29.mai) amarrada ao
capô, quando dois policiais disseram que o levariam à delegacia se ele não
removesse o adereço.
Foto: Reprodução/Insgagram
Antes de levarem o professor à Polícia Federal, os agentes
já o haviam conduzido a uma delegacia da Polícia Civil em Trindade, mas o
responsável no local não teria visto qualquer prática criminosa na conduta de
Bites, contou Accorsi. Ela classificou a medida como abuso de autoridade.
Procurada pelo Poder360, a Secretaria de Segurança Pública
de Goiás informou que afastou o policial militar envolvido no que chamou de
“fato lamentável”, sem especificar a qual dos dois agentes que aparecem nos
registros aplicou a punição. A pasta informou ter instaurado um inquérito para
apurar a conduta do oficial em questão.
“O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia
Militar, não coaduna com qualquer tipo de abuso de autoridade. Assim sendo,
todas as condutas que extrapolem os limites da lei são apuradas com o máximo
rigor, independentemente do agente ou da motivação de quem as pratica“, diz a
nota enviada à reportagem – Poder 360.
Carlos Magno
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