A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) denunciou em
suas redes sociais, na noite desta quarta-feira, 2, as ameaças de estupro que a
sua filha, Laura, de 5 anos, recebeu. No relato publicado em suas redes
sociais, ela conta que também foi ameaçada de morte.
De acordo com a denuncia de Manuela D’Ávila foi após o pai
de um aluno da escola de Laura tirar dela e divulgar em grupos de WhatsApp que
tudo começou.
Foto: Reprodução/Instagram
“Ontem à noite em um debate me perguntaram se eu não sinto
vontade de desistir. Sim, Eu sinto. Todos os dias. Ao contrário do que muitos
pensam, a violência política está cada vez mais intensa”, iniciou a
ex-deputada.
“O último mês foi muito agressivo e me impactou muitíssimo.
Um pai da escola de Laura (cuja identidade conhecemos o que torna tudo ainda
mais cruel) tirou uma fotografia de Laura e a entregou para os grupos que
distribuem ódio nas redes. A partir disso, todo o submundo da internet passou a
usar a imagem dela para nos agredir”, revelou Manuela.
“São muitos anos de violência. Como vocês sabem, quando
Laura ainda era um bebê de colo, foi agredida fisicamente em função de uma
mentira distribuída amplamente na internet. De lá pra cá, muitas coisas
aconteceram. Mas nenhuma jamais havia envolvido sua escola e algum pai de
colega. Foi devastador lidar com isso. Ver a imagem sendo usada por toda essa
gentalha que vive as nossas custas, diz que é político e só faz o mal foi uma
violência imensa”, relatou.
Manuela D’Ávila revelou que foi alguns dias depois que as
ameaças começaram e assegurou que o caso já está sendo acompanhado pela polícia.
“Poucos dias depois chegaram as ameaças de estupro para ela (que tem cinco
anos!!!) e nova ameaça de morte para mim. A Polícia já acompanha o caso. O que
é evidente que não diminui o medo, a tristeza, a culpa por ver as pessoas que
mais amo submetidas a essa gente inescrupulosa”, afirmou.
A ex-deputada lamentou viver desta maneira, mas se mantém
firme. “São anos vivendo assim. A gente mal toma ar de uma agressão e vem a
próxima. Mas quando a gente respira a gente lembra que tem um mundo pra mudar.
Que tem um genocida no governo. Que tem mãe enterrando filho e filho enterrando
mãe. Que tem criança trabalhando. Se todos os dias tenho vontade de desistir,
todos os dias me lembro das imensas razões que temos para continuar”, finalizou
Manuela D’Ávila – Catraca Livre.
Carlos Magno
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