Um estudante de 22 anos sem comorbidades morreu, na
madrugada deste domingo (6), de complicações da Covid-19 em Santos, no litoral
paulista. Segundo a mãe de Matheus Lopes de Carvalho, o jovem praticava
quarentena rígida desde o começo da pandemia e defendia o isolamento social na
internet. Matheus começou a ter sintomas da doença dia 12 de maio e foi
internado cerca de uma semana depois.
"Ele se cuidava muito e sempre fazia postagens
conscientizando sobre a importância da vacinação e dos cuidados contra a
doença", disse a professora Katherine Lopes de Oliveira, de 42 anos, em
entrevista ao G1.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/Veja
A mãe conta que, por conta de ela ter comorbidades e eles
morarem com a avó, o filho só saía de casa quando precisava de serviços
essenciais, como ir ao mercado, farmácia, médico e, que, recentemente, precisou
ir a uma ótica para fazer o óculos novo.
"Ele não saiu por um ano e meio de casa. Eu sou asmática
e tenho pressão alta. Minha mãe tem 77 anos, então como ele ajudava a cuidar
dela, sempre tomou muito cuidado com medo de nos infectar", relata.
Katherine contou ao G1 que Matheus teve os primeiros
sintomas da Covid-19 quando acordou no dia 12 de maio, estava com dor de cabeça
e febre. O jovem foi ao hospital, tomou medicação e, com medo de estar
infectado, já se isolou em seu quarto. Dois dias depois de ir ao médico ele
estava bem pior, então foram ao pronto-socorro e lá o estudante teve o resultado
positivo para a doença no teste. Com isso, eles receberam medicação para
tratamento em casa.
"Ele ficou desesperado [com o resultado positivo],
chorou muito, estava com medo de contaminar eu e a avó. Mas, uma semana após o
tratamento em casa, ele precisou ser internado na Casa de Saúde de
Santos", explica a mãe do menino.
Internado desde o dia 21 de maio, o quadro de Matheus foi
piorando, ele teve que ser intubado em um momento, e ele acabou não resistindo,
morreu na madrugada do domingo. Seu corpo foi sepultado no mesmo dia, no
Cemitério da Filosofia – Veja São Paulo.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas