O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendou nesta
terça-feira (8), por 16 votos a um, a perda do mandato da deputada Flordelis
(PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar. A deputada ainda pode recorrer da
decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A decisão final pela cassação de Flordelis caberá ao
plenário da Câmara. Para que a deputada perca o mandato, são necessários os
votos de, pelo menos, 257 deputados em votação aberta e nominal.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Flordelis responde a processo por quebra de decoro
parlamentar, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor
Anderson do Carmo, em junho de 2019, na casa da família em Niterói, região
metropolitana do Rio de Janeiro.
Os deputados acataram o parecer do relator do processo no
conselho, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), para a perda do mandato. O
parlamentar argumentou que a deputada não conseguiu provar sua inocência,
tentou usar o mandato para cooptar um de seus filhos para assumir a autoria do
crime, era a única da família com recursos para comprar a arma do crime e
também teria abusado de prerrogativas parlamentares.
Defesa
A deputada Flordelis voltou a negar que tenha sido a
mandante do assassinato de Anderson do Carmo e apelou para que os parlamentares
aguardassem seu julgamento pela Justiça, antes de tomar uma decisão.
“Venho perante vocês pedir que não cassem o meu mandato,
pois o efeito dessa cassação viria de imediato tirar o sustento da boca da
minha família, abrir para que meus detratores me mandem para a prisão, fazer
com que eu perca minha capacidade de defesa. A Constituição diz que, para o
crime de que sou acusada, os juízes competentes me julguem. Os juízes
competentes que têm que me julgar são os jurados do Tribunal do Júri”, disse a
deputada – Agência Brasil.
Carlos Magno
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