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13/06/2021

Mulher vítima de violência doméstica finge pedir um açaí por telefone e denuncia agressor, que acabou preso


Uma mulher que sofria violência doméstica pediu ajuda para a Brigada Militar em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, fingindo estar fazendo um pedido de um açaí pelo telefone. O caso ocorreu no último sábado, 5. O companheiro foi preso em flagrante.

 

Segundo o soldado da Central de Atendimento do Departamento de Comando de Controle Integrado da Capital, Danilo Garcia, o telefone tocou por volta das 7h00. Abaixo a transcrição da ligação com a vítima, que a RBS TV, filiada da Globo, teve acesso.



Foto: Reprodução/TV Globo/RBS

 

Atendente: Bom dia, Soldado Garcia, qual sua emergência?

Vítima: Queria um açaí.

Atendente: Não entendi…

Vítima: Ah eu queria um açaí

Atendente: A senhora ligou pro 190, para a Brigada Militar

Vítima: Eu sei, eu sei…

Atendente: Mas tá ocorrendo alguma coisa aí senhora?

Vítima: Sim, eu queria um açaí

Atendente: A senhora tá sendo agredida?

Vítima: Sim, eu queria um açaí moço…

Atendente: Vou informar ao batalhão da área, tá bom?

Vítima: Tá.

 

“No momento disso eu já comecei a pegar o endereço dela. Após pegar o endereço dela, ela estava no telefone e tinha alguém próximo dela e deu pra ver que eles estavam em atrito e aí a gente confirmou que era um pedido de socorro e através disso já enviei para o batalhão da área e eles enviaram uma viatura no local e constataram que era um agressão”, conta o soldado a RBS.

 

A Brigada Militar chegou no local um pouco depois e prendeu o agressor na hora. A mulher já havia sofrido tapas e empurrões do companheiro.

 

O relacionamento deles era algo muito recente, contudo, o homem já tinha histórico de agressão registrado na ficha. Ele foi solto e a mulher entrou com uma medida protetiva contra ele.

 

“A partir de então essa vítima tem uma medida protetiva em seu favor, ela está em segurança, nossa equipe entrou em contato porque é de praxe da Polícia Civil nesses casos entrar em contato com a vítima para orientar né, que caso tenha uma nova ameaça ou caso haja um descumprimento dessa medida protetiva que ela procure a polícia para que a gente faça a prisão em flagrante ou represente pela prisão preventiva do agressor”, destaca a delegada que cuida do caso a RBS – Catraca Livre.

 

Carlos Magno

 

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