Doze pacientes graves acometidos pela Covid-19 que estavam
em tratamento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital
Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, receberam alta para a
enfermaria, nessa segunda-feira (14). Além disso, a unidade de saúde não
registrou nenhum óbito nas UTIs, nas últimas 24h.
De acordo com o médico coordenador da UTI Covid 5, Allerssio
Alves da Silva, o momento foi de extrema felicidade pelo resultado alcançado,
considerando que os pacientes internos nessas unidades exigem um alto grau de
cuidados. “Apenas em uma UTI, 50% dos pacientes saíram de alta, muitos desses
estavam submetidos a hemodiálise, ventilação mecânica e sedativos. Isso nos
alegra o coração, pois sabemos que estamos no caminho certo, com a terapêutica
certa, que o Metropolitano mais uma vez se torna vanguardista diante de um
momento tão sensível que é o enfrentamento da Covid-19 no mundo inteiro”,
afirmou o médico, que também atua na UTI Covid 7.
Foto: Divulgação/Secom-PB
Entre os pacientes, estava José Jerônimo da Silva, 61 anos,
de Guarabira, que ficou 12 dias na terapia intensiva, em uso de ventilação
mecânica. Antes da alta, ele agradeceu à equipe e destacou os momentos das
visitas virtuais com a família, que ocorreram dias depois da extubação. “Era
sempre um encontro cheio de palavras de carinho e força. Foram muitas orações
todos os dias, isso também ajudou bastante. Agradeço a todos que cuidaram de
mim”, declarou.
A alta de Francimário Cavalcante, 40 anos, da UTI Covid 6,
trouxe muitas lágrimas de alegria para a esposa Lucileide Costa. “Receber essa
notícia por telefone, como tem sido todos os dias, foi emocionante. Para nós,
que ficamos aqui fora sem poder ver a pessoa, é um momento muito angustiante,
mas não perdemos a fé. Tínhamos certeza que ele iria superar a doença e voltar
para casa. Estamos felizes por essa etapa e aguardando a alta definitiva”,
relatou, acrescentando estar ansiosa para viajar de Santa Luzia, no Sertão do
estado, e levar o esposo recuperado da doença para casa.
Devolver um paciente à família, depende fundamentalmente de
um trabalho multiprofissional ético e comprometido, explicou o diretor
assistencial, Gilberto Teodozio. “Esse é um trabalho de várias equipes que se
somam e se tornam uma só. É desde a Regulação, que liga pedindo a vaga, até os
médicos que admitem e aplicam a terapêutica adequada; aos enfermeiros,
técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais que compõem a
equipe multiprofissional, equipe de higienização que prepara todo o ambiente,
assim também os maqueiros que levam os pacientes para realização de exames, e o
momento mais aguardo, transportam da UTI para a Enfermaria, e dias depois, da
Enfermaria para o reencontro com a família. Somos gratos e reconhecemos o
trabalho de cada um deles”, expressou.
O Hospital Metropolitano possui 57 leitos de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes graves com a Covid-19. A
instituição, que integra a Rede Estadual de Saúde, trabalha em resposta ao
Plano de Contingência do Estado no combate ao novo coronavírus. “Estamos
devolvendo à sociedade uma resposta diante dos investimentos do estado, dos
investimentos que nos é oferecido pelos gestores. É sem dúvidas um grande dia,
um grande momento para toda nossa equipe. Nós podemos e temos em nível de SUS
um serviço de ponta que pode oferecer aos paraibanos um tratamento de qualidade
e resolubilidade. Hoje fica na história do hospital que mais de 10 altas foram
concedidas, e a certeza de que continuaremos trabalhando para feitos maiores
que estes”, concluiu o diretor geral do Hospital Metropolitano, Antônio Pedrosa
– Secom-PB.
Carlos Magno
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