A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) lamentou o resultado da
votação que autorizou o governo a privatizar a empresa Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. (Eletrobras). Por 42 votos a 37, os senadores aprovaram o
Projeto de Lei de Conversão nº 7/2021, resultante da Medida Provisória nº
1031/2021 (que dispõe sobre a desestatização da Eletrobras), sob protesto de
inúmeras entidades da sociedade civil organizada, como também de quase metade
dos parlamentares integrantes da Casa, dentre os quais a senadora Nilda Gondim
e o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba.
Relatado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), o projeto
sofreu mudanças no texto original e por isso terá que ser analisado e votado
novamente pela Câmara dos Deputados. A previsão é de que a matéria seja
colocada em discussão antes do dia 22 de junho (terça-feira próxima), sob pena
de caducidade da Medida Provisória nº 1031/2021, e da perda de sua validade.
Foto: Divulgação/Assessoria
Desde o início das discussões sobre o tema, a senadora Nilda
Gondim se declarou contrária à privatização da Eletrobras por considerar que a
venda da empresa estatal para o setor privado significará a renúncia do Estado
Brasileiro a um ativo estratégico para o desenvolvimento e para a segurança
nacional, com a consequente perda do controle sobre a geração e a distribuição
de energia elétrica no País.
Durante a sessão remota que discutiu a matéria no Senado,
iniciada na quarta-feira (16) e encerrada na noite de quinta-feira (17), Nilda
Gondim defendeu a derrubada do projeto afirmando que “a Eletrobras é uma
empresa enxuta e lucrativa; um patrimônio nacional cuja venda ao capital
privado vai trazer um grande prejuízo para os brasileiros, especialmente para
os menos favorecidos, os mais vulneráveis, que passarão a arcar com uma tarifa
de energia elétrica bem mais alta”.
Ao final da sessão, Nilda Gondim lamentou o resultado da
votação, mas se disse tranquila por ter “combatido o bom combate”, por ter
cumprido o seu dever e a sua missão de defender os interesses da coletividade
da Paraíba e do Brasil.
Catástrofe
Na tarde de quinta-feira, em breve pronunciamento durante a
discussão do projeto, a senadora paraibana sustentou a tese de que a
privatização da Eletrobras significará uma verdadeira catástrofe que vai de
encontro aos interesses da coletividade brasileira. “Pegar uma empresa tão
importante para o Brasil e tão lucrativa e entregá-la ao capital privado, seja
nacional ou estrangeiro, sem nem saber quanto vai ser pago por ela; isso é
inadmissível e nos leva a crer que há algo muito estranho por trás dessa pressa
inconsequente e revoltante. Por isso a minha indignação e a minha força de
vontade de ajudar a impedir que o Brasil não perca para o capital privado essa
empresa que é estratégica para sua soberania”, enfatizou – Assessoria.
Carlos Magno
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